Cenário Internacional
Nesta madrugada, foi divulgada a bateria de dados de atividade referente a março, na China. Por um lado, o PIB chinês surpreendeu para cima no 1º trimestre deste ano ao mostrar expansão de 5,3% A/A, ante 4,8% A/A esperado pelos analistas e 5,2% A/A no trimestre anterior. Por outro, a produção industrial veio mais fraca do que o esperado (4,5% A/A vs. 6,0% A/A), assim como as vendas no varejo (3,1% A/A vs. 4,8% A/A). Os investimentos em ativos fixos tiveram alta de 4,5% no acumulado deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, e a taxa de desemprego permaneceu em 5,2%, conforme esperado.
Na Zona do Euro, o índice Zew de Expectativas Econômicas subiu de 33,5 para 43,9 em abril – movimento também observado na Alemanha, onde o índice avançou para 42,9, superando a estimativa consensual do mercado (35,5). No Reino Unido, houve surpresa altista nos dados de ganhos salariais referente a fevereiro, que mostraram crescimento de 6,0% A/A ante 5,8% esperado.
Para hoje, os destaques da agenda econômica no ambiente internacional serão os discursos de membros de Bancos Centrais desenvolvidos. Powell, Jefferson, Barkin, Williams e Collins, do Fed, têm discursos agendados, bem como Villeroy e Vujcic, do ECB. Nos EUA, será divulgada a produção industrial de março.
Cenário Brasil
No âmbito local, o IGP-10 registrou variação de -0,33% M/M em abril, abaixo do esperado pelo mercado (-0,18% M/M). Na comparação interanual, o índice acumula deflação de -3.81%. O dado de abril seguiu sendo influenciado pelos preços ao produtor, que caíram 0,56% no mês puxados pelo minério de ferro, na parte de bens industriais. Os preços ao consumidor subiram 0,21%, ainda pressionados por alimentação. O INCC acelerou 0,33% M/M, na esteira dos custos com mão de obra.
O Relatório Focus desta semana trouxe revisões das projeções de inflação, juros e crescimento no horizonte relevante para a política monetária. Para 2024, o IPCA projetado caiu 5 pb, para 3,71%, enquanto a projeção de PIB subiu para 1,95% e a expectativa de meta para a taxa Selic ao final do ano alcançou 9,13%, de 9,0% na semana anterior. Para 2025, houve revisão levemente altista da inflação esperada, que saiu de 3,53% para 3,56%.
Os mercados locais seguem digerindo o anúncio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, feito ontem. Na PLDO, o governo federal alterou as metas fiscais de resultado primário de 2025, de 0,5% do PIB para 0,0%, e de 2026, de 1% do PIB para 0,25%. Para 2027 e 2028, a meta é de 0,50% e 1,0% do PIB, respectivamente.