Hoje na Economia – 20/06/2024

Hoje na Economia – 20/06/2024

Cenário Internacional

Nesta madrugada, o Banco Central chinês (PBoC) manteve as taxas de empréstimos de 1 e de 5 anos estáveis em 3,45% e 3,95% respectivamente, conforme amplamente esperado pelos analistas. Na Alemanha, a inflação ao produtor permaneceu estável em maio, abaixo da projeção mediana do mercado de 0,1% M/M. Na comparação interanual, os preços ao produtor alemão acumulam queda de 2,2%. No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa básica de juros em 5,25%, em linha com a expectativa consensual do mercado.

Para hoje, o restante da agenda internacional contou com a divulgação de dados nos EUA. Foram divulgados os pedidos semanais de seguro-desemprego, que vieram ligeiramente acima do esperado (238 mil vs. 235 mil), e o índice de atividade do Fed da Filadélfia referente a junho, que caiu de 4,5 para 1,3, ante 5,0 esperado. Kashkari e Barkin, do Fed, têm discursos agendados para hoje. Na Zona do Euro, sai a confiança do consumidor de junho.

Cenário Brasil

No âmbito local, o COPOM manteve em decisão unânime a meta para a taxa Selic estável em 10,50% a.a. na reunião de ontem, conforme esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo amplo consenso de mercado. No comunicado, o comitê reforçou que o cenário externo se manteve adverso e com elevada incerteza, enquanto a atividade doméstica seguiu mais dinâmica do que o esperado e a inflação subjacente permaneceu acima da meta. As projeções de inflação do comitê foram revisadas para cima no cenário de referência, em linha com o esperado. A inflação projetada para este ano subiu de 3,8% para 4,0%, enquanto a projeção de inflação para 2025 foi para 3,4%, de 3,3%. Alternativamente, o comitê apresentou um cenário em que a Selic é mantida constante ao longo do horizonte relevante, que sugere projeção de inflação em 3,1% no ano que vem. Em termos de sinalização, o comitê indicou a opção por uma interrupção do ciclo de afrouxamento monetário à luz do processo de desancoragem das expectativas de inflação, da revisão altista das projeções e incerteza externa, o que demanda maior cautela e reforça a necessidade de manutenção dos juros em patamar contracionista por tempo suficientemente longo. O comitê também sinalizou que se manterá vigilante à evolução do cenário e à possibilidade de realizar eventuais ajustes. Assim, mantemos nossa projeção de Selic estável em 10,50% até o final deste ano.

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