Cenário Internacional

Ontem, no Reino Unido, a inflação medida pelo núcleo surpreendeu para cima no feriado de 20 de novembro, registrando 3,3% A/A contra uma expectativa de 3,1% A/A. Esse dado reduziu as apostas de cortes de juros nos próximos 12 meses e reforçou a possibilidade de manutenção da taxa na reunião de dezembro. Na China, o PBOC manteve as taxas de juros prime de 1 e 5 anos inalteradas, confirmando a postura de estabilidade na política monetária.

Nos Estados Unidos, ontem os membros do Federal Reserve, Bowman, Collins e Cook, adotaram um tom mais cauteloso em seus discursos. Collins e Cook destacaram que a tendência ainda é de redução no aperto monetário, enquanto Bowman enfatizou a necessidade de cautela nos próximos passos da política monetária, em meio à incerteza sobre o nível final do Fed Funds Rate. Na madrugada, houve falas de John Williams, do FOMC, e Villeroy, do ECB. Williams indicou que ainda espera cortes de juros nas próximas reuniões. Já Villeroy teve fala mais dovish, ao indicar que o cenário de maior risco para baixo na atividade e inflação não seria alterado em caso de aumento de tarifas nos EUA.

Ainda hoje, o mercado acompanhará dados econômicos como os pedidos semanais de seguro-desemprego, os índices de atividade do Fed de Filadélfia e Kansas City, além das vendas de casas usadas. Também estão previstos discursos de vários membros do Fed, incluindo Hammack, Goolsbee, Schmid e Barr.

Cenário Brasil

O mercado brasileiro segue em compasso de espera pelo detalhamento do pacote fiscal, previsto para ser apresentado após o G20. A expectativa é que o governo defina medidas para equilibrar as contas públicas, mas permanece a incerteza sobre o alcance e a implementação dessas propostas.

Com o cenário fiscal ainda indefinido, os investidores monitoram de perto os próximos movimentos do governo, que terão impacto direto sobre as expectativas de política monetária e sobre os prêmios de risco dos ativos locais.

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