Hoje na Economia – 29/11/2024

Hoje na Economia – 29/11/2024

Cenário Internacional 

No Japão foram divulgados diversos dados. De forma geral, a inflação veio mais alta e a atividade mais fraca que esperado. A inflação de Tóquio foi de 2.6% A/A, contra expectativa de 2,2% A/A. A produção industrial e as vendas no varejo, no entanto, vieram abaixo das expectativas (3% M/M e 0,1% M/M, contra 4% M/M e 0,5% M/M esperados, respectivamente). O mercado aumentou as apostas de que haverá alta de juros na reunião do BOJ de dezembro.

Na Zona do Euro, a prévia de inflação ao consumidor referente a novembro ficou mais baixa que esperado (2,7% A/A contra 2,8% A/A). As expectativas de inflação coletadas pelo ECB também foram divulgadas, tendo ficado acima do esperado no caso do prazo de 1 ano (2,5% contra 2,3%) e igual ao esperado no caso de 3 anos (2,1%). Na Alemanha, as vendas no varejo vieram mais baixas que esperado (-1,5% M/M contra -0,5% M/M esperado).

A votação sobre orçamento na França segue causando preocupação na França, com baixa probabilidade do proposto pelo primeiro-ministro (que resultaria em diminuição do déficit) ser aprovado. Os juros de títulos franceses seguem elevadas, ficando em torno de 3% A/A.  

 

Cenário Brasil 

No Brasil, o mercado ainda repercute o anúncio do pacote de contenção de gastos e mudança de IR feito ontem. A maior parte dos analistas acredita que a economia de gastos deve ser menor que a indicada pelo governo (entre R$ 40 e R$ 50 bi, contra R$ 71,9 nas contas oficiais).

Ontem, Gabriel Galípolo, futuro presidente do BC, fez discurso hawkish, indicando que o correto seria subir os juros para fazer a inflação convergir para a meta, independente do quanto isso possa reduzir o crescimento.

Ontem o chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse durante a apresentação do pacote de contenção de gastos que o governo poderia anunciar novos nomes indicados para o BC hoje ou na próxima semana.

Hoje serão divulgados dados fiscais do setor público consolidado, referente a outubro. A expectativa é de superávit primário de R$ 40 bi e déficit nominal de R$ -50 bi. Também sairão dados do mercado de trabalho, com a expectativa sendo de mais uma queda na taxa de desemprego, de 6,4% para 6,2%. 

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