Hoje na Economia – 27/03/2020

Hoje na Economia – 27/03/2020

Mercados acionários hoje abrem em queda, após três dias consecutivos de recuperação. Ontem os líderes do G-20 anunciaram cooperação para tentar lidar com a crise, com pacote de ajuda somando US$ 5 tri entre todos os países, e com a crise diplomática entre China e EUA diminuindo. O número de novos casos de Covid-19 segue subindo ao redor do mundo, em especial nos EUA e na região de Nova York. Investidores, assim, devem realizar lucro hoje e tomar posições mais defensivas devido a novos desenvolvimentos que a doença pode ter durante o fim de semana.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. O índice MSCI Asia Pacific subiu 1,7%, com avanço de +3,88% no índice Nikkei 225 de Tóquio e +0,26% na bolsa de Xangai. O iene está se valorizando diante do dólar, 0,64%, cotado a ¥/US$ 108,89, enquanto o yuan se deprecia -0,29%, cotado a 7,0930 contra o dólar.

As bolsas europeias, que haviam subido nos últimos três dias, caem hoje pela manhã, após os líderes da Zona do Euro não terem concordado ainda com um mecanismo de ajuda geral. O índice pan-europeu STOXX600 recua -2,61%, com quedas de -4,04% no FTSE100 de Londres, -3,29% no CAC40 de Paris e -2,49% no DAX de Frankfurt. Os juros futuros europeus caem, com o bund alemão recuando 9 bp, para -0,45% a.a.. O euro está se desvalorizando diante do dólar, -0,21%, cotado a US$/€ 1,1009.

Os índices futuros das bolsas de Nova York têm recuo pela manhã, com o S&P500 caindo -1,84% agora. O juro futuro americano está caindo 8 bp no caso do título de 10 anos, a 0,76% a.a.. O dólar está se valorizando diante das outras moedas, em especial de países emergentes, com o índice DXY subindo 0,17%. Hoje sairão dados de renda e consumo pessoal e confiança do consumidor da Universidade de Michigan, sendo que esse último deve impactar mais o mercado por refletir já a situação após a quarentena e agravamento do Covid-19 no país.

Os preços das commodities hoje não têm comportamento único, alternando baixas e altas em cada produto. O índice geral da Bloomberg está bem próximo da estabilidade, -0,02%. Há alta de 0,49% no petróleo tipo WTI, cotado a US$ 22,71/barril.

Na agenda doméstica, hoje sairá o dado de crédito relativo a fevereiro, que deve ter pouco impacto nos mercados. Essa sexta-feira deve ser um dia de realização de lucro após os ganhos dos últimos três dias, e de aversão ao risco devido a problemas que podem ocorrer no final de semana. Dessa forma, o real deve se desvalorizar hoje e o Ibovespa deve recuar. Os juros futuros devem ser menos afetados, com a percepção de novo corte sendo realizado na próxima reunião do Copom se solidificando após o Relatório Trimestral de Inflação de ontem, porém vencimentos mais longos podem subir, devido a posições mais defensivas adotadas pelos investidores, não por apostas em política monetária.

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