Hoje na Economia – 21/02/2022
Os principais mercados internacionais operam sem direcional claro, nesta manhã, após fontes na Rússia afirmarem que não há nada de concreto em torno de um suposto encontro entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. O presidente francês, Emmanuel Macron propôs a realização de uma cúpula entre os dois presidentes para uma busca de uma saída diplomática, que evitasse o conflito armado, o que em princípio parecia ter sido aceito por ambos os presidentes. Por ora, nada foi confirmado.
Os mercados americanos permanecerão fechados por conta de feriado (Dia do Presidente). O dólar recua frente às principais moedas, nesta manhã. O euro é negociado a US$ 1,1362/€, apreciando 0,35%, enquanto a libra é cotada a US$ 1,3632, valorizando 0,33%, no momento. No mercado futuro, o índice Dow Jones registra alta de 0,36%, S&P 500 sobe 0,32% e o Nasdaq avança 0,15%.
Na Europa, após uma abertura em alta, as bolsas da região passaram a operar sem denominador comum, com investidores desapontados diante da relutância do governo russo em aceitar um encontro de cúpula com o governo americano. Ademais, a divulgação dos indicadores preliminares dos gerentes de compras (PMI) de fevereiro da zona do euro, mostrando resultados mistos, com queda na indústria e avanço nos serviços, também contribuiu para uma postura mais defensiva dos investidores. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta marginal de 0,04%, no momento. Em Londres, a bolsa local ganhou força após a divulgação de PMIs britânicos acima do esperado. O índice FTSE100 avança 0,43%. Em Paris, o CAC40 cai 0,18%, enquanto o DAX sobe 0,19%, nesta manhã.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, com investidores permanecendo preocupados com a possibilidade de a Rússia invadir a Ucrânia. O sentimento melhorou, por algum tempo, após o presidente Joe Biden ter concordado “a princípio” em se reunir com o presidente Putin para buscar uma solução diplomática que ponha fim à crise. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,78% em Tóquio, enquanto o Hang Seng recuou 0,65% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi teve baixa marginal de 0,03% em Seul, e o Taiex fechou perto da estabilidade em Taiwan. Na China, onde o banco central local (PBoC) manteve inalterada as suas principais taxas de juros de referência, o índice Xangai Composto fechou estável.
Após operarem em baixa ao longo do overnight, os contratos futuros do petróleo passaram a operar em alta, diante das expectativas de que haveria um encontro entre Biden e Putin, o que poderia colocar um fim na crise entre Rússia e Ucrânia. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para abril, sobe 0,56%, cotado a US$ 91,98/barril.
O feriado nos EUA deve reduzir a liquidez dos negócios nos mercados domésticos. A agenda do dia é fraca, mas a semana reserva importantes dados, como o IPCA-15 e IGP-M de fevereiro, bem como a possível votação, no Congresso, dos projetos de lei que procuram reduzir a inflação através da isenção de parte dos impostos que incidem sobre os combustíveis. Os investidores devem operar de olho na questão fiscal, diante das negociações para reduzir os preços dos combustíveis, sem perder de vista os acontecimentos envolvendo a crise entre Rússia e Ucrânia. O Ibovespa deve operar sem referência, enquanto o real deve avançar diante da fraqueza global que o dólar exibe no dia de hoje do dólar. Os juros futuros podem mostrar ligeira queda.