Hoje na Econoia – 14/02/2022
As principais bolsas da Europa e os futuros de Nova York operam em alta nesta manhã de segunda-feira com os investidores acompanhando os desdobramentos da guerra na Ucrânia, diante de perspectivas de se alcançar um acordo diplomático que coloque um fim no conflito.
As bolsas da Ásia fecharam em forte queda no pregão de hoje. O índice regional MSCI Asia Pacific registrou queda de 1,4%. China e Hong Kong lideraram as perdas. Diante de um novo surto de infecções por coronavírus, o governo chinês decretou lockdown em Shenzhen por pelo menos uma semana, fechando importante polo de fabricação de insumos tecnológicos, além de importante centro financeiro. As ações de tecnologia desabaram, com os papéis da Alibaba e Tencent caindo 11% e 9,8%, respectivamente. Na bolsa de Xangai, o índice Composto recuou 2,60%, enquanto o Hang Seng teve queda de 4,97%. O sul-coreano Kospi caiu 0,59% em Seul, já em Taiwan, o Taiex registrou baixa marginal de -0,02%. Na contramão, em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,58%.
Nos EUA, as fortes quedas nas ações do setor de tecnologia não repercutiram sobre os índices futuros das bolsas de Nova York, que operaram em alta firme ao longo do overnight, sugerindo que os mercados à vista podem recuperar parte das perdas da semana passada, na sessão de hoje. O índice futuro do Dow Jones exibe alta de 0,84%, no momento; o S&P 500 sobe 0,93%; o Nasdaq valoriza 0,47%. No mercado de renda fixa, os preços dos Treasuries recuam diante das elevadas pressões inflacionárias oriundas da alta das commodities, exacerbando os temores quanto uma ação contundente do Fed na elevação da taxa de juros básica, em sua reunião de política monetária nesta semana. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu seis pontos base, para 2,05%, o maior nível desde julho de 2019. O índice DXY do dólar opera em queda, nesta manhã, situando-se em 98,80 pontos, caindo 0,33%. O euro sobe 0,63%, cotado a US$ 1,0981/€, enquanto a libra mostra ligeira apreciação (+0,08%), negociada a US$ 1,3048/£.
As bolsas europeias operam em alta, de olho nas negociações entre Rússia e Ucrânia, que entram na quarta rodada, e que poderá contar com a intermediação do governo chinês para se chegar a uma solução negociada para o conflito. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, tem alta de 1,71%, com as ações das seguradoras e bancos liderando o movimento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,54%; o CAC40 avança 2,02% em Paris, enquanto em Frankfurt, o DAX valoriza 3,11%. Ao longo da semana, os investidores acompanharão as decisões de política monetária do Fed na quarta-feira, como também do Banco da Inglaterra (BoE) na quinta-feira.
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, nesta manhã, ampliando as perdas da semana passada, diante das possibilidades de os esforços diplomáticos conseguirem encerrar a guerra russo-ucraniana. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para abril é cotado a US$ 103,77/barril, caindo 5,09%.
Com a agenda econômica esvaziada, nesta segunda-feira, os ativos domésticos ficarão a reboque dos acontecimentos externos. Notícias sobre avanços nas conversações entre russos e ucranianos favorecem o apetite ao risco, ensejando uma abertura positiva para o Ibovespa no pregão de hoje. O real pode se apreciar, aproveitando-se do enfraquecimento global do dólar no dia de hoje, enquanto os DIs futuros devem oscilar entre margens estreitas à espera do Copom na quarta-feira.