Hoje na Economia – 18/03/2022

Hoje na Economia – 18/03/2022

As bolsas de ações, em sua maioria, operam sem direcional claro, exibindo variações modestas, nesta manhã de sexta-feira, enquanto os investidores avaliam as notícias difusas sobre as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, que empurraram as cotações do petróleo para cima de US$ 100 o barril.

Na Ásia, não houve uma tendência única. Alguns mercados realizaram lucros, após dois pregões de altas comandadas pelas ações de empresas de tecnologia chinesas. O aumento dos preços do petróleo por conta da indefinição nas conversações entre russos e ucranianos também pesou sobre o sentimento dos investidores. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou em baixa de 0,71%. A pior performance coube ao índice Hang Seng que caiu 0,46% em Hong Kong, onde se concentra o grosso das negociações de ações do setor de tecnologia. No Japão, o Banco do Japão (BoJ) manteve inalterados os parâmetros de sua política monetária. Julgou desnecessário subir a taxa básica de juros para conter a alta de inflação causada por um salto temporário nos custos de energia. Após a decisão do BoJ, o iene foi cotado a 118,96 ¥/US$, uma das maiores desvalorizações em seis anos. Em Tóquio, o índice Nikkei registrou alta de 0,65%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,12%, diante de especulações de que o banco central chinês (PBoC) deve, em breve, voltar a cortar os juros básicos da economia. O sul-coreano Kospi avançou 0,46% em Seul; enquanto em Taiwan, o Taiex fechou com queda de 0,10%.

Na Europa, as bolsas locais abriram sem direcional claro, mas com claro viés de baixa. A guerra na Ucrânia e as sanções impostas sobre a Rússia continuam a pesar sobre o sentimento dos europeus, derrubando os índices de confiança de empresários e consumidores. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda marginal de -0,05%. Em Londres, o FTSE100 cai 0,18%; em Paris, o CAC40 recua 0,60%; em Frankfurt, o DAX perde 0,48%.

Os rendimentos dos Treasuries mostram relativa estabilidade. O juro do T-Bond de 10 anos subiu um ponto base, situando-se em 2,15% ao ano, nesta manhã. O índice DXY do dólar sobe 0,18%, a 98,16 pontos, ganhando frente ao euro, cotado a US$ 1,1068/€ (-0,21) e frente a libra, cotada a US$ 1,3138/£ (-0,08), mas perdendo frente às moedas relacionadas às commodities. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, nesta manhã. O futuro do índice Dow Jones cai 0,50%; do S&P 500 recua 0,62%; Nasdaq desvaloriza 0,62%. Na agenda, a divulgação de dados sobre vendas de moradia e manifestações de dirigentes do Fed, que devem tecer comentários adicionais sobre a decisão de política monetária do Fed, que subiu os juros pela primeira vez desde 2018.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta, nesta sexta-feira, ampliando os ganhos dos dias anteriores. A falta de avanços concretos nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia deixa sem perspectivas a possibilidade de normalização da oferta da commodity, diante das sanções impostas à Rússia. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para maio é negociado a US$ 103,82/barril, valorizando 0,75%, no momento.

Diante da estagnação nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, a aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados. Para o Ibovespa, pode significar um dia de queda à semelhança das bolsas europeias e o sinalizado pelos futuros de ações americanos. A alta do petróleo pode continuar dando sustentação à apreciação do real ante ao dólar, enquanto os DIs futuros devem mostrar fracas oscilações. Na agenda, o IBGE divulga a taxa de desemprego captada pela pesquisa PNAD Contínua, que no trimestre terminado em janeiro deve mostrar taxa de desocupação de 11,3%, segundo o consenso do mercado.

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