Hoje na Economia – 04/04/2022

Hoje na Economia – 04/04/2022

Os investidores iniciam a semana com muita cautela. Observam os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, em meio a possível retomada das conversações para se chegar a um acordo que coloque um fim no conflito, ao mesmo tempo em que países da União Europeia se movimentam para apertar as sanções impostas à Rússia.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com destaque para as ações de empresas de tecnologia chinesas, diante de redução da ameaça de as ações dessas empresas serem excluídas da lista de empresas permitidas a serem negociadas no mercado dos EUA. A China sinalizou que deverá dar aos reguladores americanos acesso total aos relatórios de auditoria da maioria das mais de 200 empresas chinesas listadas em Nova York, já em meados deste ano. As ações de tecnologia saltaram em Hong Kong, levando o índice Hang Seng a fechar o dia com alta de 2,10%. No Japão, o índice Nikkei avançou 0,25% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi valorizou 0,66% em Seul. Em função de feriados, os mercados da China e Taiwan não operaram nesta segunda-feira e permanecerão fechados amanhã. O índice MSCI Asia Pacific registrou alta de 1,0%, com destaque para as ações das gigantes da internet como Tencent e Alibaba.

Na Europa, após uma abertura titubeante, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, firmou-se no campo positivo, exibindo valorização de 0,27%, no momento. Em uma agenda econômica fraca, as atenções estão sobre a possível retomada das conversações entre russos e ucranianos, e o anúncio de novas medidas de retaliações à Rússia. Em Londres, a bolsa local opera em alta de 0,15%; o CAC40 avança 0,21% em Paris. Em Frankfurt, na contramão das demais bolsas da região, o DAX exibe queda de 0,13%.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe um ponto base para 2,40% ao ano. A curva de yield americano continua dando sinais de que a economia irá se desacelerar à medida que o Fed avance no aperto monetário. O juro do título de 2 anos superou o de 30 anos pela primeira vez desde 2007, intensificando inversões em partes da curva. A ata da reunião do Fomc de março deve reforçar a perspectiva de acelerar a alta dos Fed Funds, ao mesmo tempo em que fornecerá maiores detalhes sobre a redução do balanço do Fed. O índice DXY do dólar sobe 0,10% no momento, à 98,73 pontos. O euro se deprecia 0,28%, cotado a US$ 1,1012/€, enquanto a libra vale US$ 1,3117/£, com alta marginal de 0,02%. Os índices futuros das bolsas de Nova York exibem altas moderadas, nesta manhã. O futuro do Dow Jones sobe 0,02%; do S&P 500 avança 0,18% e o Nasdaq valoriza 0,33%.

O contrato futuro do petróleo tipo WTI para maio é negociado a US$ 98,56/barril, com queda de 0,71%, nesta manhã. Investidores avaliam as ameaças à demanda da commodity diante do avanço do surto de covid-19 na China, ao mesmo tempo em que os EUA continuam liberando reservas estratégicas para reforçar a oferta.

No âmbito doméstico, a Petrobrás permanece no radar, diante das dificuldades de o governo encontrar novos nomes para assumir a alta administração da estatal. Agenda da semana se resume a inflação (IPCA de março na sexta-feira) e no exterior, a ata do Fomc nos EUA, na quarta-feira. Para hoje espera-se que o Ibovespa suba, os juros operem sem tendência clara, flutuando em torno dos níveis atuais à espera do IPCA, enquanto o real deve ficar flutuando em torno de R$ 4,65/US$.

Topo