Hoje na Economia – 10/05/2022
Os mercados ensaiam uma recuperação nesta terça-feira, buscando se aproveitar dos baixos preços produzidos pelas acentuadas quedas que as bolsas internacionais exibiram nos últimos dias. O investidor permanece cauteloso diante das preocupações com a escalada inflacionária global e os riscos para o crescimento econômico.
Na Ásia, as bolsas registraram queda pelo sétimo pregão consecutivo, com os investidores reduzindo exposição ao risco diante das expectativas de um aperto monetário mais agressivo nos EUA e desaceleração mais forte da economia da China. O índice regional MSCI Asia Pacific caiu 1,10% nesta terça-feira, refletindo as quedas nas ações de tecnologia, acompanhando as quedas registradas pela Nasdaq. Influenciado também pelo movimento de vendas de ações do setor de tecnologia, o índice Hang Seng caiu 1,84% em Hong Kong, liderando as perdas na região. No Japão, o índice Nikkei recuou 0,58% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi cedeu 0,55% em Seul. Os mercados da China foram na contramão da tendência de baixa que prevaleceu nas principais praças da Ásia. O índice Xangai Composto subiu 1,06%, mesmo com a ausência de notícias positivas, já que prevalece, ainda, a política de “tolerância zero” de Pequim contra a covid-19, o que pode enfraquecer ainda mais a segunda maior economia do mundo. Em Taiwan, o Taiex fechou perto da estabilidade.
No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York registram alta, nesta manhã, sugerindo que Wall Street irá tentar se recuperar das perdas recentes, causadas principalmente pelos temores quanto à intensidade do aperto monetário praticado pelo Fed, que poderá levar a economia dos EUA à recessão. Os contratos futuros do Nasdaq sobem 1,70% no momento, após o índice ter atingido o menor nível dos últimos dois anos. O futuro do Dow Jones sobe 0,87%, enquanto do S&P 500 avança 1,05%. Nesse dia de menor aversão ao risco, o dólar interrompeu três dias de altas firmes. O índice DXY flutua próximo do nível de 103,70 pontos, enquanto o dólar sobe a 130,32 ienes; o euro recua para US$ 1,0541/€ (-0,19%) e a libra cai para US$ 1,2307/£ (-0,20%). O juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece estável em 3,04% ao ano, enquanto os investidores esperam pelas manifestações de uma série de dirigentes do Fed, que podem trazer mais detalhes sobre a estratégia para produzir um aperto monetária que traga a inflação de volta às metas estabelecidas pela instituição.
Na Europa, a caça a pechinchas, após as fortes baixas recentes, leva as principais bolsas da região a exibirem altas firmes, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 1,13% no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,81%; o CAC40 avança 1,16% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 1,56%.
Os contratos futuros de petróleo esboçaram reação ao longo do overnight, mas não resistiram as pressões dos vendidos, voltando a operar em queda. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para junho exibe recuo de 1,51% cotado a US$ 101,53/barril.
No mercado brasileiro, os investidores esperam pela ata do Copom, que poderá trazer maiores detalhes sobre a avaliação do colegiado sobre o aperto monetário já praticado e o momento de se interromper o atual ciclo de ajuste. O IBGE divulga o resultado das vendas do comércio varejista nacional de março, que no conceito restrito deve subir 0,5% m/m e 2,4% a/a, enquanto no ampliado deve recuar 0,1% m/m e subir 2,8% a/a, segundo o consenso do mercado.