Hoje na Economia – 12/07/2022
Economia Internacional
Ontem, os mercados globais operaram em queda, refletindo a piora no ambiente de tomada de risco. O anúncio da paralisação para reformas de um dos mais importantes gasodutos que leva gás à Europa, o Nordstream, e as ameaças russas de restringir o fornecimento de gás ao continente europeu – em especial à Alemanha – foram vetores adicionais para a deterioração do balanço energético na Zona do Euro, o que pode produzir novos choques inflacionários e acentuar o risco de recessão global. Tais riscos associados à estabilidade econômica na Europa tiveram forte impacto negativo no Euro, que vem se depreciando nos últimos dias e se distanciando da paridade em relação ao Dólar. O índice Zew de Expectativas Econômicas para a Zona do Euro, divulgado na madrugada veio em -51,1 ante -28 no dado anterior.
Na China, os lockdowns em Macau seguem preocupando os investidores, que temem nova onda de contaminações.
Também divulgado na madrugada, a confiança dos pequenos negócios nos EUA veio pouco abaixo do esperado (89,5 vs. est. 92,5) e desacelerou em relação ao dado anterior.
Para hoje, a agenda externa permance pouco movimentada, contando com discurso de Barkin, do Fed de Richmond.
Economia Nacional
No âmbito local, os mercados acompanharam a performance ruim dos mercados externos ontem, sem maiores destaques em termos domésticos.
O relatório Focus, que voltou a ser divulgado normalmente pelo Banco Central, mostrou piora marginal nas expectativas de inflação de 2023 e 2024, horizonte relevante de política monetária para o BC neste momento. Seguimos projetando que a taxa Selic chegará a 13,75%, permanecendo nesse patamar até meados de 2023.
No front político, a PEC dos Auxílios ainda não foi votada, mas segue a expectativa de que a votação e aprovação aconteçam ainda nesta semana.
Hoje, o destaque da agenda é a divulgação do volume de serviços de maio, que deve seguir mostrando resiliência da atividade e crescer 0,2% M/M de acordo com a expectativa mediana do mercado.