Hoje na Economia – 11/08/2022

Economia Internacional

A inflação ao consumidor nos EUA em julho apresentou variação de 0,02% M/M na margem, abaixo do esperado pelo mercado e pela SulAmérica Investimentos (0,2% M/M). No acumulado em 12 meses, o índice desacelerou de 9,1% A/A no dado anterior para 8,5% A/A. Também houve surpresa positiva no núcleo que exclui preços de alimentação e energia, vindo em 0,3% M/M ante expectativa de 0,5% M/M. A leitura é de um dado que enfraquece a probabilidade de uma nova alta de 75 pb nas FFR na próxima reunião do FOMC, dando força às altas de 50 pb, ainda que membros do Fed mantenham o discurso hawkish de manutenção de taxas mais elevadas por um período mais longo. Todavia, o panorama inflacionário segue resiliente e desafiador, com destaque para a inflação de serviços que segue pressionada a reboque da robustez do mercado de trabalho e dos aumentos salariais.

Hoje, a agenda global conta com a divulgação de dados americanos, como a inflação ao produtor em julho e os pedidos semanais de seguro-desemprego. Daly, do Fed, discursa nesta tarde.

Economia Nacional

As vendas no varejo em junho frustraram as expectativas tanto no conceito restrito (-1,4% M/M contra -1,0% M/M estimado) quanto no ampliado (-2,3% M/M ante -0,7% M/M esperado). A queda mais forte no varejo ampliado se deu pela queda de 4,1% M/M nas vendas de veículos e pelo recuo de 1% M/M em Materiais de Construção. Apesar da surpresa negativa, o cenário prospectivo para o setor varejista tem como vetores positivos os estímulos fiscais da PEC dos Auxílios.

Para hoje, o destaque da agenda doméstica é a divulgação do volume de serviços de junho, que deve ter alta de 0,4% M/M, compatível com crescimento de 6% na comparação interanual.