Hoje na Economia – 16/12/2022
Economia Internacional
Nos EUA, a rodada de dados divulgada ontem surpreendeu negativamente as expectativas do mercado, indicando enfraquecimento da atividade na margem. O índice do Empire Manufacturing de dezembro veio mais baixo do que o esperado (-11,2 contra -1), enquanto a sondagem industrial do Fed da Filadélfia também se manteve em campo contracionista e ficou abaixo do esperado (-13,8 ante -10). As vendas no varejo retraíram 0,6% M/M em novembro – queda superior à esperada (-0,2% M/M). A produção industrial também caiu na margem (-0,2% M/M), ante expectativa de variação de 0,0%. Por outro lado, em termos do mercado de trabalho, os pedidos semanais de seguro-desemprego ficaram em 211 mil, abaixo do esperado (232 mil) e do número anterior (231 mil).
Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (ECB) elevou as taxas básicas de juros em 50 pb, conforme amplamente esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado. O destaque foi o tom mais hawkish adotado tanto no comunicado, com revisão altista nas projeções de inflação de 2024 (de 2,3% para 3,4%) e sinalização de novas altas de 50 pb, quanto no discurso de Lagarde, que indicou que a taxa de juros terminal deve alcançar patamar superior ao precificado. A leitura final da inflação ao consumidor de novembro ficou em linha com o previsto (-0,1% M/M). No front da atividade, as prévias dos PMIs de dezembro na Zona do Euro e na Alemanha permaneceram no terreno contracionista, mas vieram acima do esperado.
Hoje a agenda internacional conta com a divulgação da leitura preliminar dos PMIs de manufatura e serviços referentes a dezembro nos EUA, que devem ficar em 47,8 e 46,5, respectivamente
Economia Nacional
No âmbito local, o IPC-S da 2ª semana de dezembro registrou alta de 0,59% na margem, ligeiramente abaixo do projetado pelos analistas (0,61% M/M). O restante da agenda doméstica hoje deve permanecer esvaziada. No front político, a votação da PEC na Câmara segue incerta, mas pode acontecer na próxima semana.