Hoje na Economia – 19/01/2023

Hoje na Economia – 19/01/2023

Economia Internacional

Nos EUA, a rodada de dados divulgada ontem reforçou a visão de enfraquecimento da atividade e arrefecimento da inflação, o que eleva a probabilidade de desaceleração do ritmo de aperto monetário pelo FOMC. A produção industrial contraiu 0,7% M/M em dezembro, enquanto a mediana das projeções apontava para uma queda de 0,1% M/M, e veio acompanhada de revisão baixista do dado anterior, de -0,2% M/M para -0,6% M/M. As vendas no varejo também recuaram mais do que o esperado pelo mercado tanto no número cheio (-1,1% M/M ante -0,9% M/M) quanto no grupo de controle (-0,7% M/M vs. -0,3% M/M). A inflação ao produtor variou -0,5% M/M na margem e desacelerou para 6,2% no acumulado em 12 meses. O núcleo que exclui energia e alimentos ficou em linha com o esperado (0,1% M/M).

Em discurso no Fórum Econômico Mundial nesta manhã, a presidente do Banco Central Europeu (ECB), Christine Lagarde, voltou a sinalizar que a política monetária deve ser mantida em patamar restritivo por um período mais prolongado, a fim de garantir a convergência da inflação à meta de 2% no horizonte relevante.

Hoje a agenda internacional fica concentrada em novos dados dos EUA. Serão divulgados os pedidos semanais de seguro-desemprego, a sondagem industrial do Fed da Filadélfia de janeiro, as construções de novas casas e as concessões de licenças para novas construções, ambas referentes a janeiro. Brainard, Williams e Collins, do Fed, devem discursar. Também será divulgada a ata da reunião do ECB.

Economia Nacional

A 2ª prévia do IGP-M de janeiro mostrou alta de 0,35%, desacelerando de 0,45% na mesma leitura do mês anterior. Os preços ao produtor subiram 0,33%, enquanto os preços ao consumidor variaram 0,42%. O INCC teve alta de 0,35%.

Os dados da PNAD Contínua do trimestre findado em novembro vieram em linha com o esperado, com a taxa de desemprego em 8,1% (8,4% sazonalmente ajustada) e ampliação dos rendimentos.

Hoje a agenda de dados tende a ficar esvaziada no restante do dia. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, discursa nesta tarde. Os mercados devem repercutir as declarações do presidente Lula em entrevista concedida ontem, na qual reafirmou a agenda fiscal expansionista, questionou a independência do Banco Central e levantou a possibilidade de alterações nas metas de inflação.

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