Hoje na Economia – 10/05/2023

Economia Internacional

O destaque da agenda internacional de hoje foi a divulgação dos dados de inflação ao consumidor referentes a abril, nos EUA, que vieram em linha com o esperado. O índice cheio variou 0,4% M/M, conforme projetado pela mediana do mercado, consistente com alta acumulada de 4,9% nos últimos 12 meses. O núcleo também subiu 0,4% M/M, alinhado à expectativa consensual dos analistas. Na comparação interanual, o núcleo desacelerou timidamente, de 5,6% para 5,5%. A despeito da leve aceleração no núcleo, puxada pelos preços de bens, em especial de carros usados, a abertura do dado de abril mostrou composição qualitativa mais construtiva, com desaceleração no núcleo de serviços em relação ao último mês, que também ficaram abaixo do esperado.

Para hoje, o restante da agenda ainda conta com a divulgação do resultado fiscal federal de abril, nos EUA. No overnight, serão divulgados os dados de inflação na China.

 

Economia Nacional

No âmbito local, a produção industrial registrou expansão de 1,1% M/M em março, acima do esperado pela mediana das projeções de mercado (0,9% M/M) e do dado negativo do mês anterior (-0,2% M/M). Na comparação interanual, a produção industrial avançou 0,9%. A surpresa no dado de março contou com desempenho positivo da indústria de transformação, que teve expansão de 1,4% M/M, enquanto a indústria extrativa recuou marginalmente (-0,1% M/M). Na abertura pelas categorias de uso, a indústria de transformação teve contribuições relevantes dos bens de capital e dos bens de consumo duráveis.

A primeira prévia do IGP-M de maio mostrou variação de -1,13%, ante -0,90% na mesma leitura do mês anterior. O índice cheio manteve a tendência deflacionária a reboque dos preços ao produtor, que recuaram 1,74% na leitura prévia de maio, ante -1,4% na de abril. Os preços ao consumidor subiram 0,64%, enquanto o INCC teve alta de 0,10%.

O restante da agenda doméstica para hoje será pouco movimentado, contando apenas com a divulgação do fluxo cambial semanal. O foco dos mercados locais deve permanecer sobre o noticiário político e o front fiscal.