Hoje na Economia – 27/06/2023
Economia Internacional
Nos EUA, a sondagem industrial do Fed de Dallas referente a junho, que foi divulgada ontem, permaneceu em campo negativo e apresentou avanço inferior ao esperado pelo mercado em comparação com o dado anterior (-23,2 vs. -20).
Na Zona do Euro, o discurso de Lagarde em Sintra manteve o tom hawkish, reafirmando que o ciclo de aperto monetário atual deve continuar à frente, com nova alta de juros na reunião de julho. À luz da persistência das pressões inflacionárias, Lagarde sinalizou que as taxas de juros devem permanecer em patamar restritivo pelo período necessário e que ainda é cedo para afirmar que essas atingiram seu pico.
Hoje a agenda global terá como destaques dados de atividade e de housing nos EUA. No front da atividade, serão divulgadas as encomendas de bens duráveis em sua leitura prévia de maio, o índice de confiança do consumidor do Conference Board referente a junho e sondagens de Feds regionais também de junho, que incluem a sondagem industrial do Fed de Richmond e a sondagem de serviços do Fed de Dallas. No front de housing, os destaques da agenda são as divulgações dos preços de casas em abril e das vendas de novas casas em maio.
Economia Nacional
No âmbito local, a ata referente à última reunião do COPOM foi divulgada nesta manhã e trouxe tom mais brando quanto a sinalizações dos próximos passos em comparação com o comunicado da semana passada. Destacadamente, o comitê manteve o tom cauteloso e a indicação de que a conjuntura demanda paciência e serenidade, mas reconheceu que a avaliação predominante dos membros permitiria um início parcimonioso do ciclo de afrouxamento monetário já na próxima reunião, na medida em que se consolidasse o processo de desinflação e de reancoragem das expectativas, que estariam associadas à manutenção das metas de inflação.
O IPCA-15 de junho registrou variação de 0,04% M/M, em linha com o esperado pela SulAmérica Investimentos (0,05% M/M) e superior à expectativa mediana de mercado (0,01% M/M). Na comparação interanual, foi compatível com alta de 3,4%. A abertura do dado de junho mostrou composição qualitativa mais negativa do que o esperado, com avanço superior ao estimado da média dos núcleos e dos serviços subjacentes e deflação menos intensa na parte de bens industriais.