Hoje na Economia – 02/08/2023

Economia Internacional

Nos EUA, os dados de atividade divulgados ontem vieram levemente abaixo do esperado pelo mercado. O ISM de Manufatura subiu de 46 para 46,4 em julho, mas veio abaixo da projeção mediana dos analistas (46,9) e permaneceu em campo contracionista. O componente de preços pagos recuou de 48,1 para 44,4, reforçando a visão de continuidade da desinflação na parte de bens industriais. Por outro lado, o componente de emprego enfraqueceu na margem. Os dados de emprego do JOLTS mostraram abertura de postos de trabalho ligeiramente inferior à esperada pelo consenso de mercado (9,582 milhões vs. 9,6 milhões), compatível com redução de 34 mil vagas em relação ao dado anterior, que foi revisado de 9,824 milhões para 9,616 milhões. Ontem, os mercados também receberam a notícia do rebaixamento do rating dos títulos soberanos norte-americanos pela agência de risco Fitch, de AAA para AA+, sob a justificativa de uma piora do panorama fiscal no país.

Hoje a agenda global teve como destaque a divulgação do ADP de julho nos EUA, que surpreendeu positivamente a expectativa mediana de mercado ao mostrar abertura de 324 mil vagas no setor privado no mês, ante 190 mil esperado.

Economia Nacional

No âmbito local, com a agenda pouco movimentada ao longo do dia, os mercados seguem em compasso de espera para a reunião do COPOM, cuja decisão será divulgada à noite. A expectativa da SulAmérica Investimentos, em linha com a estimativa mediana de mercado, é de que o comitê inicie o ciclo de cortes de juros cautelosamente nesta reunião com uma queda de 25 pb, levando a meta da taxa Selic para 13,50% ao ano. O processo de reaconragem apenas parcial das expectativas de inflação e a desinflação ainda lenta dos núcleos – em especial de serviços – devem ser vetores que corroboram um início cauteloso e parcimonioso do ciclo de cortes.