Hoje na Economia 15/05/2019
Edição 2254
15/05/2019
Mercados operam entre altos e baixos, sem direcional claro, tentando assegurar uma trajetória de ganhos, em meio aos temores gerados pelo acirramento do conflito comercial entre EUA e China.
As bolsas asiáticas fecharam no azul nesta quarta-feira, recuperando-se das quedas recentes. Na China, indicadores divulgados mostraram que a economia desacelerou significativamente em abril. A produção industrial chinesa subiu 5,4% em abril ante igual mês do ano passado (8,5% em março), vindo abaixo do esperado pelo mercado (6,6%). As vendas ao varejo tiveram expansão anual de 7,2% em abril, bem menor do que os 8,7% de março e da expectativa dos analistas (8,8%). Os investimentos fixos cresceram 6,1% no acumulado no ano até abril, frustrando também os analistas que esperavam aumento de 6,4% no período. Esses fracos resultados estimularam especulações de que Pequim deverá adotar nova rodada de medidas de estímulo econômico. Por essa razão, o índice Composto de Xangai fechou com alta de 1,91% a sessão desta quarta-feira. O Hang Seng avançou 0,52% em Hong Kong. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou valorização de 0,58%, graças às ações do setor eletrônico. O dólar é negociado a 109,34 ienes, recuando diante da cotação de 109,65 ienes de ontem à tarde. Em Seul, o índice Kospi fechou com ganho de 0,53%, enquanto em Taiwan, o Taiex subiu 0,39%.
Nos Estados Unidos, os índices futuros das principais bolsas de ações registram ligeiras quedas no momento: futuro do Dow Jones recua 0,23%; do S&P 500 cai 0,25%; Nasdaq perde 0,13%. O dólar encontra-se estável frente às principais moedas, com o índice DXY registrando variação de -0,02%, situando-se em 97,50 pontos. O juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em torno de 2,3785% ao ano, com queda de 1,39%, no momento. Na agenda econômica, serão divulgadas as vendas do comércio americano de abril, que deverão mostrar expansão de 0,2% no mês, segundo o consenso do mercado.
Na Europa, bolsas da região abriram com sinal misto, caminhando para o vermelho à medida que os negócios ganhavam volume. A cautela com o comércio global em meio a tensões entre EUA e China continua a influenciar. Os dados econômicos mais fracos divulgados na China também pesam sobre os negócios europeus, nesta manhã, O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,25%. Em Paris, o CAC40 recua 0,37%; o DAX perde 0,44% em Frankfurt. Em Londres, o FTSE100 flutua em torno da estabilidade. O euro é cotado a US$ 1,1200, permanecendo perto da cotação de ontem à tarde (US$ 1,1207).
No mercado de petróleo, o produto tipo WTI para junho é negociado a US$ 61,12/barril, com queda de 1,08%, refletindo o aumento dos estoques do produto nos EUA, bem como as ameaças ao crescimento mundial decorrente da guerra comercial entre americanos e chineses.
A Bovespa também deve abrir sem direcional claro, com investidores avaliando os impactos dos fracos dados econômicos chineses, as crescentes dificuldades que o governo Bolsonaro enfrenta no Congresso, além das preocupações com o conflito comercial entre EUA e China. Para piorar o astral do dia, o Banco Central divulga o Índice de Atividade Economia (IBC-Br) de março, que deverá recuar 0,2% em bases mensais e -2,20% na comparação com março de 2018. Esses resultados reforçam a fraqueza da economia no primeiro trimestre, aumentando as chances de um PIB negativo para o período, levando a nova leva de revisões para baixo para o desempenho do PIB neste ano.