Hoje na Economia 10/05/2019

Hoje na Economia 10/05/2019

Edição 2251

10/05/2019

Mercados abrem os negócios, nesta sexta-feira, operando em alta, embora sem muita convicção, buscando se recuperar das perdas dos últimos dias. A aversão ao risco continua presente, ainda que atenuada, neste dia em que entraram em vigor as taifas adicionais impostas pelos EUA a mais US$ 200 bilhões em produtos da China. O Ministério do Comércio chinês reiterou que pretende retaliar, mas não especificou de que maneira isso pode acontecer.

Na Ásia, bolsas voltaram a operar em alta após quatro dias em queda. O índice MSCI Asia Pacific fechou com alta moderada de 0,2%. A reação ocorreu mesmo após a confirmação da entrada em vigor da elevação de tarifas sobre produtos chineses pelos EUA. Na China, a bolsa de Xangai fechou em alta de 3,10%, seu maior ganho em seis semanas. Investidores apostam que a coisas não podem piorar ainda mais, devendo melhorar em breve. As conversações comerciais entre as duas potências prosseguem, num sinal de que a elevação das tarifas pode ser revertida à frente. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 0,84%. No Japão, o índice Nikkei foi na contramão da maioria e caiu 0,27% em Tóquio, refletindo o fortalecimento do iene com a maior busca por segurança. O dólar vale 109,84 ienes, nesta manhã, ficando pouco acima de 109,75 ienes de ontem à tarde. Na Coreia do sul, o índice Kospi subiu 0,29%, enquanto em Taiwan, o Taiex fechou em baixa de 0,19%.

À semelhança dos mercados asiáticos, os europeus também ignoraram a decisão dos americanos em impor tarifas adicionais às importações chineses. As bolsas europeias mostram uma abertura positiva, nesta sexta-feira, tentando recuperar parte das perdas desta semana. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,75%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,55%; o CAC40 avança 0,83% em Paris; o DAX tem ganho de 0,99% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1236, subindo em relação ao valor de US$ 1,1217 de ontem à tarde.

Nos Estados Unidos, a Treasury de 10 anos remunera a 2,4544% ao ano, com alta de 0,29%, enquanto o índice DXY recua discretos 0,05%, refletindo a cautela dos investidores enquanto se aguarda pela divulgação da inflação ao consumidor, nesta manhã. O índice de preços ao consumidor (CPI) deve ter subido 2,1% nos últimos doze meses terminados em abril. O seu núcleo (Core CPI) deve mostrar elevação de 2,0% na mesma métrica, segundo o consenso do mercado. Os investidores americanos em ações reagem negativamente às notícias sobre a imposição de tarifas adicionais a produtos chineses, determinadas pelo governo americano. Os futuros dos principais índices de ações apontam para uma abertura negativa para as bolsas de Nova York: o futuro do Dow Jones recua 0,16%; do S&P 500 cai 0,27%; Nasdaq perde 0,16%.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, mas com pouco fôlego, com investidores de olho nos desdobramentos das tensões comerciais entre EUA e China. O contrato futuro do produto WTI para junho é negociado a US$ 62,17/barril, com alta de 0,76%, no momento.

As conversações entre os representantes dos EUA e da China, iniciadas ontem, parecem não caminhar a contento, haja vista a decisão intempestiva do presidente Trump em impor tarifas adicionais a US$ 200 bilhões de importações chinesas, vigorando a partir de hoje. Sem informações oficiais, há rumores de que as conversações são, agora, entre Trump e Xi Jinping, que devem buscar uma solução final. O ambiente vai permanecer tenso. Na agenda doméstica, a divulgação do IPCA de abril, que deverá mostrar variação de 0,62% no mês e 5,0% em doze meses.

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