Hoje na Economia – 03/10/2023

Hoje na Economia – 03/10/2023

 Cenário Internacional

Nos EUA, a combinação dos dados de atividade divulgados ontem foi positiva para os mercados, na medida em que mostrou atividade mais forte do que o esperado e descompressão sobre preços. O ISM de Manufatura subiu de 47,6 para 49 em setembro, acima da expectativa mediana dos analistas (47,9), puxados pelas surpresas positivas nos componentes de emprego e novas encomendas. Em contrapartida, o componente de preços pagos surpreendeu para baixo (43,8 vs. 49 esperado), e recuou em relação ao número anterior (48,4). A leitura final do PMI Industrial de setembro foi revisada para cima (49,8 contra 48,9 na divulgação preliminar), e os gastos com construção subiram 0,5% M/M em agosto, em linha com o esperado. Membros do Fed discursaram em direções mistas, ontem. Barr defendeu que o FOMC prossiga de forma mais cautelosa a partir de agora e mantenha os juros estáveis por período suficiente, enquanto Bowman adotou tom mais hawkish ao advogar por uma alta adicional de juros.

Membros do Banco Central Europeu (ECB) que discursaram nesta madrugada, Lane e Simkus, defenderam a manutenção de juros em patamar restritivo por período suficientemente prolongado.

Hoje o destaque da agenda global é a divulgação dos dados de emprego do JOLTS referentes a agosto, que devem mostrar abertura de 8,815 milhões de postos de trabalho no mês, levemente inferior à observada em julho (8,827 milhões). Bostic, do Fed, tem discurso agendado.

 Cenário Brasil

No âmbito local, o CAGED referente a agosto mostrou criação líquida de 220.844 vagas formais de emprego no mês, excedendo a expectativa mediana dos analistas de mercado (173 mil) e o dado anterior (143 mil). No todo, prevalece a leitura de continuidade da resiliência do mercado de trabalho, que segue com saldo positivo e tendo o setor de serviços como principal destaque.

O saldo da balança comercial foi superavitário em US$ 8,9 bilhões em setembro, ligeiramente mais baixo do que o esperado pelo mercado e explicado pela queda de 9,3% M/M das importações – ante recuo de 6,0% M/M das exportações. Na comparação interanual, a balança comercial acumula saldo de US$ 85,6 bilhões.

O destaque da agenda de hoje foi a divulgação da produção industrial de agosto, que registrou expansão de 0,4% M/M, inferior à esperada pela estimativa mediana dos analistas (0,5% M/M). A alta em agosto foi puxada pelo desempenho positivo da indústria de transformação (1,0% M/M), enquanto a indústria extrativa teve contração de -2,7% M/M. Na comparação interanual, a produção industrial acumula variação de 0,5%.

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