Hoje da Economia – 12/04/2019

Hoje da Economia – 12/04/2019

Edição 2233

12/04/2019

Os investidores voltam o foco, hoje, para o início da divulgação dos balanços corporativos americanos relativos ao primeiro trimestre, onde há grande expectativa sobre os efeitos da desaceleração global sobre a rentabilidade das empresas. Mercados de ações avançam nas principais praças internacionais, nesta manhã, após a China divulgar indicadores sobre o comércio exterior melhor do que o esperado, enquanto os preços da Treasuries recuam em conjunto com o dólar.

A temporada de balanços inicia com a divulgação dos resultados da JPMorgan e Wells Fargo, nesta sexta-feira. Os futuros de ações da bolsa de Nova York operam em alta, sinalizando para uma abertura positiva. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,59% no momento; do S&P avança 0,38%; do Nasdaq ganha 0,37%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu para 2,527% de 2,503% de ontem à tarde. O índice DXY situa-se em 96,87, com recuo de 0,31%, refletindo principalmente a valorização da moeda europeia diante do dólar.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam sem direção única, nesta sexta-feira. O índice MSCI Asia Pacific fechou próximo da estabilidade. Foram divulgados os dados sobre a balança comercial da China referente a março. As exportações subiram 14,2% em bases anuais, superando a alta de 8,7% prevista pelos analistas e revertendo a queda de 20,7% de fevereiro. Esse dado atenua as preocupações com a desaceleração da China, em particular, e da economia global como um todo. A bolsa de ações chinesa abriu em forte baixa, mas o bom desempenho das exportações ajudou a atenuar a queda, levando o índice Xangai Composto a fechar, o pregão de hoje, com queda marginal de 0,04%. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,73% em Tóquio; enquanto o Hang Seng avançou 0,24% em Hong Kong. Na Coreia do Sul, o Kospi teve ganho de 0,41% em Seul, enquanto o Taiex registrou ligeira baixa de 0,03% em Taiwan.

Nas bolsas europeias o dia inicia com muita volatilidade. Após uma abertura em baixa, com predomínio das preocupações com o crescimento global e diante de expectativas negativas em relação ao pontapé inicial dos balanços americanos, as bolsas voltaram ao campo positivo, animadas com os dados sobre exportações da China. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, após abertura negativa, opera com alta discreta de 0,04%, no momento. O FTSE100 sobe 0,40% em Londres; em Paris o CAC40 avança 0,33%; o DAX tem ganho de 0,52% em Frankfurt. Foi divulgada a produção industrial da zona do euro que recuou 0,2% em fevereiro, vindo melhor do que a queda de 0,6% estimada pelos analistas. O resultado melhor do que o esperado favoreceu a moeda europeia diante do dólar. O euro é negociado a US$ 1,1308, subindo em relação ao valor de US$ 1,1261 do fim da tarde de ontem.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta firme, nesta manhã, após a China divulgar números de exportação bem mais fortes do que o esperado, que ajudam a aliviar as preocupações com a tendência de desaceleração da China, segunda maior economia do mundo. O contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 64,49/barril, com alta de 1,43%, nesta manhã.

A tendência para a Bovespa, nesta sexta-feira, refletirá a recuperação das exportações chinesas, atenuando os temores com a desaceleração global, bem como o desempenho das bolsas americanas em meio ao início da nova temporada de balanços corporativos. Internamente, o ambiente permanece carrancudo. A CCJ vai dar prioridade a PEC do orçamento impositivo em detrimento da reforma da Previdência, que também poderá ser prejudicada pelas denúncias contra o deputado Rodrigo Maia.

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