Hoje da Economia – 27/03/2019

Hoje da Economia – 27/03/2019

Edição 2221

27/03/2019

Não há direcional único comandando os negócios no dia de hoje, em que prevalece certa aversão ao risco. Os temores de um menor crescimento mundial, alimentados pela inversão da curva de juros dos Treasuries e novos indicadores decepcionantes, são contrabalançados pela postura expansionista sustentada pelos principais bancos centrais do mundo.

Na Ásia, as bolsas da região fecharam sem direção única nesta quarta-feira. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,2%. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,23%, influenciado principalmente pelo fraco desempenho das montadoras. Os mercados chineses, por sua vez, se recuperaram após dois dias de perdas expressivas. O índice Xangai Composto subiu 0,85%. Amanhã, chineses e americanos voltam a se reunir em Pequim, dando início a nova rodada de discussões comerciais, que devem prosseguir na semana que vem em Washington. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,56%, mas o sul-coreano Kospi caiu 0,15% em Hong Kong e o Taiex recuou 0,16% em Taiwan. O dólar subiu para 110,60 ienes nesta manhã, de 110,52 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, mercados acompanham a tendência asiática, operam no azul, mas não mostram firmeza. Riscos de enfraquecimento mais forte das economias avançadas, notadamente nos EUA, mantêm investidores receosos em assumir posições mais ousadas no mercado de ações. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, mostra alta discreta de 0,15%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,13%; o CAC40 tem alta marginal de 0,03% em Paris; em Frankfurt, o DAX avança 0,09%. A moeda comum opera estável em relação ao final da tarde de ontem, sendo cotada a US$ 1,1275.

Com as crescentes preocupações com a perda de fôlego da economia mundial, investidores vêm privilegiando papeis de renda fixa. O yield da Treasury de 10 anos recuou para 2,387% ao ano, de 2,417% no fim da tarde de ontem. Esse movimento mantém o dólar em alta frente às principais moedas. O índice DXY situa-se em 96,70, com alta discreta de 0,03%, no momento. Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York que iniciaram o dia em alta voltam a operar no vermelho: o futuro do índice Dow Jones recua 0,25%; do S&P 500 cai 0,15%; o Nasdaq perde 0,05%.

Os contratos futuros de petróleo operaram sem direção única ao longo da madrugada, com investidores avaliando informações divulgadas pela API (American Petroleum Institute) sobre os estoques americanos, consideradas pouco conclusivas. Nesta quarta-feira, o Departamento de Energia (DoE) divulga pesquisa oficial sobre os estoques. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 59,61/barril, com queda de 0,55%.

No âmbito doméstico, o clima político se deteriora. Ontem, em votação relâmpago, a Câmara aprovou a PEC do Orçamento impositivo, de 2015, com placar quase unânime: 448 votos no 1º turno e 453 votos no 2º turno. A PEC segue agora para o Senado. Se aprovada tira do executivo a estreita margem de manobra que ainda dispunha no controle de pequena parte do Orçamento. A falta de articulação política por parte do Planalto pode acirrar a postura voluntarista do Congresso levando a adoção de medidas extremas, como aprovar a desidratada reforma da Previdência do governo Temer, que se encontra pronta para se votada pelos deputados.

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