Hoje na Economia – 04/12/2023
Cenário Internacional
Mercados internacionais abrem mistos novamente. Durante final de semana houve ataque de rebeldes Houthis a embarcações americanas no Mar Vermelho, importante rota comercial. Isso aumenta um pouco a aversão ao risco no início da semana, porém o preço do petróleo não parece ter sofrido muito com isso, estando até em queda no momento (-0,72% no caso do Brent). Em relação aos dados econômicos, hoje saiu o índice Sentix de confiança do investidor relativo a dezembro, que veio abaixo do esperado (-16,8 contra -15,8), mas ainda melhorando em relação aos meses anteriores. Os dados da balança comercial da Alemanha mostraram queda nas exportações e importações na margem, vindo abaixo das expectativas. Hoje a agenda é vazia, com apenas o discurso da presidente do ECB, Lagarde, e a divulgação do dado final de encomendas à indústria, incluindo bens não duráveis. Na semana, dados importantes sairão, com destaque para o JOLTS (abertura de vagas de trabalho) amanhã e payroll (criação de empregos) na sexta-feira. Mercado parece operar em compasso de espera para esses dados.
Cenário Brasil
Hoje saiu o dado de conta corrente, referente a outubro. O déficit veio menor que esperado (US$ -0,2 bi contra mediana de expectativas de US$ -0,8 bi na pesquisa da Bloomberg). Por outro lado, o investimento externo direto também veio abaixo do esperado (US$ 3,3 bi contra US$ 4,3 bi). Houve menor pagamento de despesas com juros e lucros e dividendos no mês do que o esperado, explicando o déficit menor.
O IPC-FIPE fechado de novembro ficou em 0,43% M/M, acelerando em relação ao dado do mês anterior, de 0,30% M/M, mas ficando no mesmo nível da 3ª semana (0,43%).
O Relatório Focus do Banco Central mostrou mudanças muito pequenas nas projeções. A inflação esperada para 2023 e para 2024 subiu 0,01 pp (de 4,53% para 4,54% e de 3,91% para 3,92%, respectivamente). Houve também revisão para baixo nas projeções de taxa de câmbio (de R$/US$ 5,00 para R$/US$ 4,99 para 2023 e de R$/US$ 5,05 para R$/US$ 5,03 em 2024). Na parte de juros, houve redução na projeção para 2025, de 8,75% para 8,50%. E na parte de PIB também houve redução só em 2025, de 1,93% para 1,90%.
Hoje saem os dados de vendas de carros da Fenabrave, referentes a novembro.