Hoje da Economia – 25/03/2019
Edição 2219
25/03/2019
Permanece o quadro de aversão ao risco, nesta manhã. As preocupações com a saúde da economia global permeiam os negócios, elevando os preços dos títulos governamentais, derrubando o dólar, bem como os preços das principais commodities. O clima de aversão ao risco ganhou força na sexta-feira, quando o spread entre o T-bill de três meses e o T-note de 10 anos ficou negativo pela primeira vez em mais de uma década, invertendo a curva de juros, sugerindo maior probabilidade de recessão nos Estados Unidos.
As bolsas asiáticas fecharam com perdas robustas, nesta segunda-feira. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou com queda de 1,9%, captando as baixas, principalmente, de ações de tecnologia. Em Tóquio, o índice Nikkei sofreu sua maior queda desde o fim de dezembro, de 3,01%. O dólar subiu para 110,19 ienes de 109,95 ienes no fim da tarde de sexta-feira. Na China, o Xangai Composto caiu 1,97%, afetado principalmente por ações de financeiras. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve baixa de 2,03% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 1,92% em Seul. Em Taiwan, o Taiex perdeu 1,5%, no pregão de hoje.
Na Europa, onde foram divulgados fracos resultados sobre atividade industrial na zona do euro na sexta-feira, as preocupações com a desaceleração da economia global são mais acentuadas. As bolsas de região mergulham no vermelho, acompanhando as bolsas asiáticas. O índice STOXX600 registra perda de 0,48% no momento. Em Londres, o FTSE100 opera com queda de 0,35%; em Paris o CAC40 registra desvalorização de 0,36%; em Frankfurt o DAX flutua em torno da estabilidade, no momento. O euro é negociado a US$ 1,1317, com ligeira alta frente à US$ 1,1300 de sexta-feira à tarde.
No mercado americano, os contratos futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura em queda. No momento, o futuro do Dow Jones cai 0,17%; do S&P 500 recua 0,22%; do Nasdaq perde 0,45%. O juro pago pela Treasury de 10 anos sobe 0,94%, situando-se em 2,462% ao ano, enquanto o dólar recua 0,12% frente às demais moedas fortes, segundo o índice DXY.
Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, prejudicados pelas preocupações com a saúde da economia global. O barril do petróleo tipo WTI para maio recua 0,05%, após as quedas acentuadas durante a madrugada, sendo negociado a US$ 59,02, no momento.
No mercado doméstico a fuga de ativos de risco deve se acentuar, levando a Bovespa a se manter em queda, dólar e juros futuros em alta. Além do mau humor que predomina nos mercados mundiais, alimentado pela perspectiva de uma recessão global, há o agravante da crise política doméstica. O embate entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, coloca em risco a aprovação da reforma da Previdência, intensificando a busca por proteção por parte dos investidores.