Hoje na Economia – 19/01/2024
Cenário Internacional
Nos EUA, o balanço dos dados divulgados ontem mostrou surpresa positiva de atividade. Os dados relativos ao setor imobiliário vieram mais fortes do que o esperado, com as concessões de alvarás para novas construções subindo 1,9% M/M em dezembro, ante 0,7% M/M esperado, e o início de novas construções recuando menos do que o esperado (-4,3% M/M vs. -8,7% M/M). Os pedidos semanais de seguro-desemprego caíram de 202 mil para 187 mil, ante expectativa de alta para 205 mil. Por outro lado, o índice de atividade do Fed da Filadélfia referente a janeiro surpreendeu para baixo (-10,6 contra 6,5). Bostic, do Fed, discursou ontem e manteve o tom hawkish, reforçando a necessidade de cautela por parte do Banco Central americano em meio a um ambiente de incertezas geopolíticas no cenário externo e eleitorais no país, de modo que seu cenário para o início do ciclo de afrouxamento monetário incorpora corte de juros apenas no 3º trimestre deste ano.
Nesta madrugada, foram divulgados dados de atividade e inflação na Europa. A inflação ao produtor na Alemanha registrou deflação de -1,2% M/M em dezembro, superando a expectativa mediana dos analistas de uma deflação menos intensa (-0,4% M/M) e compatível com variação interanual de -8,60%. No Reino Unido, as vendas no varejo surpreenderam negativamente ao recuarem 3,3% M/M em dezembro, ante queda esperada de 0,7% M/M.
Para hoje, a agenda conta com a divulgação da leitura preliminar da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente a janeiro e das vendas de casas existentes em dezembro. Goolsbee, Daly e Barr, do Fed, têm discursos agendados no dia.
Cenário Brasil
No âmbito local, o destaque da agenda de dados econômicos de hoje foi a divulgação do IBC-Br referente a novembro, que mostrou variação superior à esperada pelo mercado (0,01% vs. -0,2% M/M) e acumulou alta interanual de 2,19%.