Hoje na Economia – 26/01/2024
Cenário Internacional
Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (ECB) manteve as taxas referenciais estáveis na reunião de ontem, conforme amplamente esperado pelos analistas, e sem trazer alterações relevantes no comunicado, que seguiu reforçando a dependência dos dados como sinalização dos próximos passos.
Nos EUA, o PIB do 4° trimestre, também divulgado ontem, surpreendeu positivamente e registrou expansão de 3,3% T/T anualizado, acima do esperado pela mediana do mercado (2,0%). A surpresa altista foi explicada em maior grau pelo consumo de estoques, mas seguiu mostrando resiliência da demanda interna, puxada pelo consumo privado. No todo, o dado corroborou o cenário de um pouso suave na economia americana, na medida em que o deflator veio em linha com o esperado.
Hoje a agenda global contempla a divulgação dos dados de renda e gastos pessoais referentes a dezembro, além da inflação medida pelo PCE. A expectativa mediana do mercado aponta para uma alta de 0,3% M/M da renda, enquanto o gasto deve ter subido 0,5% na margem. A expectativa para o deflator do PCE é de variação de 0,2% M/M, compatível com alta interanual de 2,6%. É esperada variação da mesma magnitude para o núcleo, levando a inflação acumulada em 12 meses para 3,0%.
Cenário Brasil
No âmbito local, foi divulgado nesta manhã o IPCA-15 de janeiro, que registrou variação de 0,33% M/M, abaixo do esperado pela SulAmérica Investimentos (0,48% M/M) e pela mediana do mercado (0,47% M/M). A surpresa baixista do headline foi explicada pela contribuição menos intensa do que a esperada dos preços livres, em especial de passagens aéreas, que caíram 15,24% M/M nesta leitura. Em termos da composição qualitativa, o dado prévio de janeiro mostrou abertura menos benigna do que o esperado, com destaque para os serviços subjacentes, que avançaram acima do esperado.