Hoje na Economia – 21/03/2024

Hoje na Economia – 21/03/2024

 Cenário Internacional

Ontem, o FOMC manteve o intervalo das Fed Funds Rates estável em 5,25%-5,50%, conforme amplamente esperado pelo mercado. O comunicado não trouxe mudanças significativas e manteve a sinalização de que o comitê ainda pretende ganhar maior confiança no processo de convergência inflacionária antes de iniciar o ciclo de afrouxamento monetário, também em linha com a expectativa consensual dos analistas. Principal ponto de atenção dos mercados, o Gráfico de Pontos (Dot Plot), que resume as projeções dos membros do comitê, trouxe revisões altistas de crescimento do PIB para 2024,2025 e 2026 e ligeira revisão baixista para a taxa de desemprego deste ano, enquanto o núcleo de inflação projetado para 2024 subiu de 2,4% para 2,6%, mas permaneceu estável para 2025. Para a trajetória de juros, o cenário mediano do comitê seguiu contemplando 3 quedas de juros neste ano, mas incorporou uma queda a menos em 2025 e 2026. No todo, seguimos com a visão de início do ciclo de cortes em junho, levando o intervalo da taxa básica de juros para o intervalo 4,50%-4,75% ao final deste ano.

Na Zona do Euro, a leitura preliminar do PMI de Serviços referente a março veio acima do esperado (51,1 vs. 50,5), enquanto o índice de manufatura seguiu indicando fraqueza (45,7 vs. 47). O Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa de juros em 5,25%, conforme esperado.

Para hoje, a agenda global conta com a divulgação de dados de atividade nos EUA. Destacadamente, saem as leituras prévias dos PMIs de março, que devem mostrar ligeira desaceleração em relação ao mês anterior.

 Cenário Brasil

No âmbito local, o COPOM reduziu a meta para a taxa Selic em 50 pb – de 11,25% para 10,75% – em linha com a ampla expectativa da SulAmérica Investimentos e do mercado. No comunicado, o comitê reforçou que o cenário externo segue demandando cautela, enquanto o quadro inflacionário doméstico, em especial nas métricas subjacentes, se manteve incompatível com o cumprimento da meta, o que também exige cautela por parte da autoridade monetária. O comitê manteve as projeções de inflação para 2024 e 2025 em 3,5% e 3,2%, respectivamente, mas com ligeira mudança na composição. A projeção de inflação de administrados foi revisada para cima, reduzindo marginalmente a projeção dos preços livres. Quanto à sinalização, o comitê destacou que não houve mudança substancial em seu cenário base, mas que diante de um ambiente com incertezas elevadas e necessidade de ganho de flexibilidade por parte da autoridade monetária, passou a indicar manutenção do ritmo de 50 pb para a próxima reunião, não mais no plural.

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