Hoje na Economia – 19/09/2024

Hoje na Economia – 19/09/2024

 Cenário Internacional

No EUA, o FOMC surpreendeu a expectativa mediana do mercado e reduziu o intervalo das Fed Funds Rates em 50 pb, de 5,25%-5,50% para 4,75%-5,00%, em decisão que não foi unânime: a votante Michelle Bowman advogou por uma queda de 25 pb. No comunicado, o comitê reconheceu que acumulou maior confiança na convergência da inflação à meta de 2%, enquanto o mercado de trabalho tem dado sinais de desaceleração. O comitê também reforçou o compromisso com a manutenção do pleno emprego, o que, somado ao progresso observado na dinâmica inflacionária, levou ao início do ciclo de afrouxamento monetário. A entrevista coletiva de Powell, por outro lado, teve tom mais cauteloso, sugerindo que a atividade econômica segue resiliente e que o comitê deve manter a abordagem de dependência dos dados. Powell também reforçou que o FOMC não se vê apressado neste ciclo, cujo ritmo de ajuste será avaliado a cada reunião. O Gráfico de Pontos (Dot Plot) mostrou que o cenário mediano dos membros do comitê contempla duas quedas adicionais de juros de 25 pb neste ano e 4 cortes da mesma magnitude em 2025.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa básica de juros estável em 5,0%, em linha com a expectativa consensual dos analistas, e revelou a preferência por uma abordagem mais gradual em torno do início do processo de normalização monetária.

Para hoje, o restante da agenda internacional contempla dados de atividade nos EUA. Os pedidos semanais de seguro-desemprego vieram abaixo do esperado pelo mercado (219 mil vs. 230 mil). Ainda saem o Indicador Antecedente e as vendas de casas existentes referentes a agosto.  

Cenário Brasil

No âmbito local, o COPOM unanimemente elevou a meta para a taxa Selic em 25 pb, conforme amplamente esperado pelo mercado e pela SulAmérica Investimentos. No comunicado, o comitê reconheceu que o ambiente externo permanece desafiador e que a atividade local segue resiliente e mostrando dinamismo maior do que o esperado, de modo que o comitê revisou sua estimativa de hiato do produto para terreno positivo. Em relação às projeções, o comitê elevou a inflação projetada no horizonte relevante atual (primeiro trimestre de 2026) de 3,4% para 3,5% em seu cenário de referência, e avaliou o balanço de riscos como assimétrico para cima. Quanto à sinalização, o comitê indicou que o ritmo de ajuste e a magnitude total do ciclo devem seguir uma dinâmica de dependência dos dados, que incluem os dados de inflação sensíveis à atividade, as projeções de inflação, as expectativas inflacionárias e os riscos associados ao hiato positivo.

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