Hoje na Economia – 13/11/2024
Cenário Internacional
Na Zona do Euro, os membros do ECB François Villeroy de Galhau e Joachim Nagel destacaram preocupações com a inflação de serviços, mantendo um tom ligeiramente hawkish. Apesar da desaceleração econômica na região, os discursos sinalizaram a necessidade de cautela na condução da política monetária. A perspectiva de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos europeus, mencionada pelo presidente eleito Donald Trump, adiciona incertezas ao cenário econômico europeu.
No Japão, a inflação ao produtor foi mais alta do que o esperado, indicando que pressões inflacionárias ainda persistem no setor produtivo, o que pode influenciar as próximas decisões do Banco do Japão. Nos Estados Unidos, o mercado está focado na divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) para outubro, um dado crucial para avaliar o comportamento da inflação e as futuras decisões de política monetária do Federal Reserve.
Cenário Brasil
No Brasil, o mercado acompanha com atenção os desdobramentos em torno do pacote fiscal, que foi novamente adiado, com previsão de apresentação apenas após o G20. Apesar de reportagens detalharem possíveis medidas em estudo, como limites ao crescimento de despesas, ainda há incertezas sobre quais propostas terão o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que mantém a pressão sobre os mercados locais.
O setor de serviços no Brasil registrou crescimento de 1,0% em setembro na comparação mensal, acima da expectativa de 0,7%, indicando resiliência em um dos principais pilares da atividade econômica. Além disso, a agenda de hoje traz destaque para a fala de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central e próximo presidente da instituição. A expectativa é de que seus comentários tragam sinalizações relevantes sobre o futuro da política econômica.