Hoje na Economia 05/06/2019
Edição 2269
05/06/2019
Principais bolsas de ações internacionais seguem em alta nesta manhã, dando continuidade aos ganhos de ontem após Jerome Powell, presidente do Fed, afirmar que está monitorando os efeitos da guerra comercial, que agirá, caso necessário, para sustentar o crescimento da economia americana. Powell deixou a porta aberta para possível corte de juros neste ano.
No mercado de títulos americanos, as treasuries que até então sinalizavam acentuado desaquecimento da economia global, passaram a precificar vários cortes de juros pelo Fed. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 0,17% no momento, situando-se em 2,1279% ao ano, enquanto o dólar mantém-se relativamente estável frente às principais moedas. Neste momento os futuros dos principais índices de ações de Nova York operam em forte alta: Dow Jones +0,59%; S&P 500 +0,67%; Nasdaq +0,78%. A expectativa de afrouxamento da política monetária americana pode ganhar força com a divulgação do Livro Bege hoje à tarde. A avalição conjuntural efetuada pelos Feds regionais poderá mostrar uma economia perdendo fôlego em função da deterioração das condições financeiras internacionais por conta da guerra comercial.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, dando sequência ao rali dos mercados acionários de Nova York, que subiram mais de 2% após Jerome Powell sinalizar a que o Fed pode afrouxar a política monetária ainda este ano. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com valorização de 1,0%. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,80% na bolsa de Tóquio, interrompendo uma série de cinco pregões negativos. Em Hong Kong, o dia foi de forte valorização também. O Hang Seng avançou 0,50%, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,10% e o Taiex teve ganho de 0,31% em Taiwan. Na China, por outro lado, os mercados ficaram praticamente estáveis, num momento em que as negociações comerciais de Pequim com os EUA continuam num impasse. O índice Xangai Composto registrou leve perda de 0,03%, no pregão de hoje.
Bolsas europeias operam, em sua maioria, no azul, na esteira do bom desempenho das bolsas americanas no pregão de ontem. Neste momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com ganho de 0,47%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,48%; o CAC40 avança 0,52% em Paris; em Frankfurt, o DAX se valoriza 0,58%. O euro é negociado a US$ 1,1287, subindo em relação à cotação de US$ 1,1254 de ontem à tarde. A atividade econômica da região do euro deu sinais de reação em maio. O índice de gerentes de compras (PMI) composto, que engloba os setores de serviços e industrial, subiu de 51,5 em abril para 51,8 em maio, atingindo o maior nível em três meses.
Os futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, motivados pelo aumento dos estoques americanos captados pelo relatório da American Petroleum Institute (API). O contrato futuro do petróleo tipo WTI para julho é negociado a US$ 52,95/barril, com queda de 0,97%.
A Bovespa deve abrir em alta, acompanhando as principais bolsas internacionais, surfando os bons ventos decorrentes das expectativas de afrouxamento da política monetária americana nos próximos meses, atenuando o mau humor gerado pela guerra comercial. O momento de menor aversão ao risco deve favorecer a moeda brasileira, bem como manter a tendência de fechamento dos juros futuros em linha com o recuo dos yields das treasuries.