Hoje na Economia – 13/11/2019

Hoje na Economia – 13/11/2019

Edição 2382

13/11/2019

O ambiente para os negócios, nesta quarta-feira, não se mostra favorável aos ativos de risco, em meio a dúvidas sobre as chances de os EUA e China selarem um acordo comercial preliminar. O presidente americano, Donald Trump, disse ontem que os dois lados poderão fechar a chamada “fase 1” do acordo comercial em breve, mas alertou que está disposto a elevar tarifas sobre importações chinesas “de forma substancial” se as negociações fracassarem.

Na Ásia, as bolsas da região fecharam em baixa, não só afetadas pelos sinais contraditórios sobre as negociações comerciais sino-americanas, mas também pela escalada da onda de violência em Hong Kong. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific encerrou o dia com queda de 0,90%. A bolsa de Hong Kong liderou as perdas, em meio a protestos que paralisaram o transporte público pelo terceiro dia seguido. O índice Hang Seng teve queda de 1,82%, nesta quarta-feira. Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 0,33%; em Tóquio, o japonês Nikkei perdeu 0,85%; o sul-coreano Kospi recuou 0,86% em Seul; o Taiex teve baixa de 0,46% em Taiwan. A moeda americana perdeu força ante o iene dada à busca por proteção. Nesta manhã, o dólar é negociado a 108,90 ienes abaixo do valor de 108,98 ienes de ontem à tarde.

As bolsas europeias acompanham a tendência ditada pelo mercado asiático, operando em baixa, com investidores também tomados pelas dúvidas sobre o comércio entre EUA e China. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,76%, no momento. Em Londres, o FTSE100 recua 0,72%; o CAC40 de Paris perde 0,70%; em Frankfurt, o DAX tem queda de 0,98%. O euro troca de mãos a US$ 1,1019 de US$ 1,1012 de ontem à tarde.

No mercado americano, a maior aversão ao risco se refletiu em valorização das Treasuries, levando o yield do T-Note de 10 anos para baixo de 1,90% ao ano. Nesta manhã, o juro pago pelo papel de 10 anos encontra-se em 1,88%, com queda de 2,69%. O índice DXY subiu ao longo da madrugada, estabilizando no nível de 98,35 pontos, oscilando em torno desse patamar nesta manhã. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, seguindo a fraqueza das bolsas asiáticas e europeias. No momento, o futuro do Dow Jones cai 0,46%; do S&P 500 tem queda de 0,42%; Nasdaq perde 0,60%. Na agenda econômica, será divulgada a inflação ao consumidor de outubro, medida pelo CPI. Segundo as projeções do mercado, o índice cheio deve subir 1,7% em relação a outubro de 2018, enquanto o seu núcleo (Core CPI) deve ter alta acumulada de 2,4%, na mesma métrica. O presidente do Fed, Jerome Powell, fala hoje às 13h de Brasília no Comitê Econômico Conjunto do Congresso americano, podendo dar novos sinais sobre o curso atual da política monetária.

Os contratos futuros de petróleo também são afetados pelas incertezas que cercam as negociações comerciais entre americanos e chineses. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para dezembro é negociado a US$ 56,35/barril, com queda de 0,81%.

No Brasil, o IBGE divulga as vendas do comércio varejista nacional de setembro, que no conceito restrito devem ter aumentado 0,6% M/M e 2,0% A/A, segundo o consenso do mercado. No conceito ampliado (inclui vendas de autos e materiais de construção), as vendas subiram 1,2% M/M e 4,8% A/A. Os ativos brasileiros devem também ser afetados pela maior aversão ao risco que prevalece nas principais praças internacionais nesta manhã, influenciados pelas dúvidas que cercam o comercial mundial, como também pelas incertezas referentes ao ambiente político doméstico.

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