Hoje na Economia – 04/09/2019

04/09/2019

Edição 2332

Mercados abrem em alta na quarta-feira após notícias que diminuem a probabilidade de
cenários políticos
adversos em alguns dos principais países do mundo e dados econômicos bons,
de forma geral.
Na Ásia as bolsas fecharam em alta após a líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam,
anunciar a retirada da proposta de lei de extradição que iniciou os protestos que acontecem há
dois meses. O índice MSCI Asia Pacific subiu 0,9%, com alta em especial na bolsa de Hong Kong
(3,9%) e na bolsa de Xangai (0,93%). O índice Nikkei225 do Japão também teve alta, mas
mais modesta, de 0,12%. O PMI de serviços na China subiu mais que o esperado, para 52,1
contra expectativa de 51,6, estando no maior nível em 3 meses. O iene está se depreciando
contra o dólar no ambiente de menor aversão ao risco, -0,28%, cotado a 106,24.

Na Europa as bolsas também sobem. O parlamento britânico ontem afastou a possibilidade de
saída sem acordo da União Europeia no dia 31 de outubro, formando uma maioria contra o
atual primeiro ministro, Boris Johson. Assim, o cenário mais provável agora é de extensão do
período para sair da União Europeia e novas eleições. Na Itália também houve boas notícias
políticas, com a aprovação da formação de um novo governo sem o partido de direita Lega
Nord, mas com o mesmo primeiro ministro que atualmente está no poder. O PMI serviços na
Zona do Euro veio ligeiramente acima do esperado (51,9 contra 51,8), com alta em especial na
França. Há avanços de 0,28% no FTSE100 de Londres, 1,01% no CAC40 de Paris e 0,96% no
DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando contra o dólar, 0,40%, cotado a 1,1018.

Os índices futuros de ações dos EUA estão em alta com essas boas notícias do restante do
mundo, com o S&P500 subindo 0,82%. O dólar está perdendo valor contra as principais moedas
devido à menor aversão ao risco e diferencial de crescimento, com o índice DXY caindo -0,40%.
Os juros futuros americanos estão eem ligeira queda, com o título de 10 anos a 1,4943% a.a..
Hoje sairá o livro bege do Fed e a balança comercial de julho.

Os preços de commodities estão em alta, mas com muita variância entre cada produto. O índice
geral da Bloomberg sobe 0,56%, em especial devido ao preço do petróleo, com o barril tipo WTI
sendo negociado a US$ 54,49, um avanço de 1,02%. Há queda de -1,09% no níquel, -0,18%
no cobre e -0,69% no ouro, no entanto.

No Brasil, ontem o Senado aprovou a PEC que permite o leilão de petróleo do pré-sal (cessão
onerosa), com mais recursos sendo enviados para Estados. O leilão deve ocorrer em novembro,
com os recursos entrando no resultado de 2019 e evitando o não cumprimento da meta de
resultado primário. O único dado que deve sair hoje é o PMI de serviços de agosto. Hoje o real
deve seguir outras moedas do mundo com menor aversão ao risco e se valorizar diante do
dólar. A bolsa brasileira também deve ter alta, enquanto os juros devem recuar.