Hoje na Economia – 14/06/2019

Hoje na Economia – 14/06/2019

Edição 2276

14/06/2019

Bolsas ao redor do mundo caem com dados ruins de atividade na China e mais receio em relação à situação geopolítica, com guerra comercial e possível conflito no golfo pérsico sendo preocupações.

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única. O índice MSCI Ásia Pacífico recuou -0,1%, com a alta de +0,40% no índice Nikkei225 do Japão, mas quedas de -0,65% no Hang Seng de Hong Kong e -0,99% na bolsa de Xangai. O iene está se valorizando ligeiramente contra o dólar, +0,15%, cotado a ¥/US$ 108,22, enquanto o yuan se deprecia -0,03%, cotado a 6,9238. A produção industrial na China mostrou o menor crescimento A/A desde 2002 no dado de maio, com variação também abaixo do esperado (5,0% A/A contra 5,4% A/A). Os investimentos em ativos fixos também surpreenderam para baixo (5,6% YTD contra 6,1% esperado). As vendas no varejo, por outro lado, vieram acima do esperado (8,6% A/A contra 8,1% A/A). A questão de menor número de dias úteis em mai/19 em relação a mai/18 pode ter afetado esses dados, diminuindo a produção industrial e aumentando as vendas no varejo. As vendas no varejo também podem ter sido beneficiadas pela maior inflação, uma vez que o dado é nominal.

Na Europa, as bolsas operam em queda. Há recuo de -0,71% no índice pan-europeu STOXX600, -0,63% no FTSE100 de Londres, -0,55% no CAC40 de Paris e -0,88% no DAX de Frankfurt. O euro está depreciando levemente contra o dólar, -0,10%, cotado a US$/€ 1,1265.

No mercado americano, há quedas nos índices futuros das bolsas, com recuo de -0,31% no S&P500. Os juros futuros caem novamente, com o yield da Treasury de 10 anos na mínima de 21 meses, 2,06% a.a.. O dólar está se valorizando levemente contra as principais moedas, com o índice DXY subindo 0,08%. Dados importantes sobre atividade serão divulgados hoje, podendo fortalecer as apostas de cortes de juros. Uma surpresa negativa nas vendas no varejo ou na produção industrial de maio pode ter bastante impacto sobre os preços de ativos. A confiança do consumidor coletada pela Universidade de Michigan também será divulgada hoje.

Os preços de commodities operam sem direção única. O índice geral da Bloomberg sobe 0,22%, com alta em commodities agrícolas e metálicas (em especial metais preciosos), porém queda em energia. O preço do petróleo se acomoda após a forte alta de ontem, com queda de -0,36% no preço do barril tipo WTI, cotado a US$ 52,09.

O parecer do relator da reforma da Previdência lido ontem mostrou economia de cerca de R$ 900 bi em 10 anos, com aumentos de impostos propostos podendo levar a melhora fiscal a R$ 1 tri. Ontem o presidente Bolsonaro demitiu o secretário de governo, o general da reserva Santos Cruz, e o substituiu com um general da ativa, o Comandante Militar do Sudeste, general Luiz Eduardo Ramos. O IGP-10 veio acima do esperado pelo mercado, com variação de 0,49% contra mediana de 0,44%. Hoje deve ser divulgado o IBC-Br de abril, que deve ter mostrado queda de -0,2% M/M. Alguns ativos brasileiros devem recuar hoje, devido à piora do cenário externo, em especial chinês. A bolsa brasileira deve cair e o real se depreciar. Os juros futuros, por sua vez, podem seguir recuando, mesmo com o IGP-10 mais alto, acompanhando o movimento de queda de juros global e com aumento de apostas de cortes de juros devido à piora da atividade.

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