Hoje na Economia – 05/09/2019

Hoje na Economia – 05/09/2019

05/09/2019

Edição 2333

A abertura dos mercados internacionais sugere um dia de maior apetite ao risco, levando-se em
conta que os índices futuros das bolsas tanto dos Estados Unidos como da Europa registram
valorizações, neste momento, enquanto os ativos considerados seguros, como o iene, ouro e
Treasuries recuam. O noticiário global mostra-se positivo, nesta quinta-feira: EUA e China vão
retomar as negociações comerciais em outubro; no Reino Unido o parlamento conseguiu evitar
um Brexit sem acordo; reduzem as tensões em Hong Kong, enquanto na Itália se conseguiu
formar um novo governo de coalizão, evitando a convocação antecipada de eleições.

Na Ásia, repercutiu favoravelmente a notícia de que o China deverá enviar representantes para
Washington no próximo mês para mais uma rodada de discussões comerciais. Pequim espera
que as conversações avancem em direção de um acordo mútuo, reforçando a tese de que o
governo chinês se opõe fortemente a uma escalada da guerra bilateral. O principal índice
acionário chinês, o Xangai Composto subiu 0,96% no pregão de hoje. O alívio das tensões em
Hong Kong, que ontem retirou um projeto de lei que previa extradições para a China e foi
motivo de violentas manifestações populares nas últimas semanas, favoreceu também o apetite
ao risco na Ásia O Hang Seng fechou estável (-0,03%), em Hong Kong. Em Tóquio, o índice
Nikkei teve alta forte de 2,12%, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,82% em Seul. No
mercado de câmbio, o dólar é cotado a 106,59 ienes ante 106,38 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, favorecidas pelo fluxo de notícias positivas, bolsas de ações operam em alta firme,
nesta manhã de quinta-feira. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,62%; em
Paris, o CAC40 avança 0,95%; em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,86%. Caminhando na
contramão da região, o FTSE100 recua 0,62% em Londres. O euro troca de mãos a US$
1,1053, subindo diante do valor de US$ 1,1034 de ontem à tarde. Na Alemanha, mais um
indicador de atividade veio bem abaixo do esperado pelos analistas. As encomendas da
indústria recuaram 2,7% em julho ante ao mês anterior, queda bem maior do que a estimada
pelo mercado (-1,5%).

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe para 1,5511% ao ano, com
alta de 3,1% no momento, enquanto o dólar recua ligeiramente frente às principais moedas,
conforme aponta o índice DXY, que se encontra em 98,31 pontos, com recuo de 0,15%, no
momento. Os índices futuros de ações apontam para uma abertura firme da bolsa de ações de
Nova York. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,96%; do S&P 500 avança 0,90%; Nasdaq tem
alta de 1,20%. O foco dos investidores se desloca para os eventos previstos para amanhã,
contemplando o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, e a divulgação da payroll de
agosto, ambos importantes para se definir os próximos passos da política monetária americana.

Os contratos futuros de petróleo operam de lado, nesta manhã, sem direcional claro. Move as
cotações movimento de realização de lucros, aproveitando-se de notícias sobre elevação dos
estoques da commodity nos EUA, na última semana. O contrato futuro do petróleo tipo WTI,
para outubro, é negociado a US$ 56,29/barril, com alta marginal de 0,05%.

A Bovespa deve seguir a tendência ditada pelas principais bolsas internacionais, devendo operar
em alta, favorecida pelo maior apetite aos ativos de risco que prevalece nesta manhã. O dólar
e os juros futuros devem mostrar certo alívio, acompanhando a tendência no exterior, mais
favorável às moedas dos emergentes.

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