Hoje na Economia – 18/09/2019

Hoje na Economia – 18/09/2019

18/09/2019

Edição 2342

Mercados financeiros operam em compasso de espera da reunião do FOMC hoje à tarde. É
esperado que o comitê de política monetária dos EUA reduza a taxa de juros em 25 pb e
sinalize mais quedas à frente. A entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, deve
ser acompanhada de perto pelo mercado.

Na Ásia as bolsas fecharam sem direção única. A bolsa de Xangai subiu 0,25% enquanto o
índice Nikkei225 recuou -0,18%. O iene está se depreciando -0,06%, cotado a 108,19. Hoje
alguns negociadores chineses de segundo escalão chegam a Washington para conversar sobre a
guerra comercial com oficiais americanos. Uma reunião de mais alto escalão deve ocorrer em
outubro.

Na Europa as bolsas operam em ligeira alta. Há avanços de 0,17% no Euro Stoxx 50, 0,06% no
FTSE100 de Londres e 0,14% no DAX de Frankfurt. O euro se deprecia 0,24%, cotado a 1,10. A
inflação na Zona do Euro veio em linha com as expectativas, com o índice cheio a 1,0% A/A e o
núcleo a 0,9% A/A, ainda bastante abaixo da meta do BCE (2,0%). No Reino Unido, por sua
vez, a inflação ficou em 1,7% A/A em agosto (contra 2,1% A/A em julho), acompanhando a
desaceleração da atividade que ocorre no país às vésperas de uma possível saída desordenada
da União Europeia. O rei da Espanha ontem anunciou que devem ocorrer novas eleições, uma
vez que um governo não conseguiu ser formado após o último pleito.

Os preços de commodities estão em queda, com o petróleo novamente recuando após o
governo da Arábia Saudita ter dito que a normalização do fluxo de petróleo da instalação
atacada deve se normalizar mais rápido do que era imaginado. O petróleo tipo WTI está cotado
a US$ 58,89/barril, uma queda de -0,76%.

Nos EUA ontem o Federal Reserve interviu no mercado de compromissadas, com vendas de US$
75 bi, para garantir liquidez ao mercado. No início da semana as taxas de juros dessas
operações subiram muito acima do que a taxa de juros básica da economia (chegando até a
10%), devido à falta de liquidez pontual. O dólar se valoriza 0,18% diante das outras moedas.
Os juros futuros estão em queda, com a Treasury de 10 anos recuando 3 pbs, a 1,77% a.a.,
enquanto a Treasury de 2 anos recua 1,6 pb, para 1,71% a.a.. O índice futuro do S&P500 está
em ligeira queda, de -0,14%.

No Brasil, a inflação da 2a semana do IPC-FIPE ficou em 0,13%, abaixo da projeção da
SulAmérica Investimentos (0,28%) e do número anterior (0,29% na 1a semana). O IGP-M 2o
decêndio ficou em -0,28% em setembro, menos negativo que a expectativa da SulAmérica
Investimentos (-0,39%). Hoje ocorrerá a reunião do COPOM. A expectativa do mercado é de
corte de 50 pb e anúncio de que mais cortes devem ocorrer nas próximas reuniões, com muitas
instituições trabalhando com juros abaixo de 5,00% no final do ciclo. Os juros futuros devem
recuar ainda mais hoje devido a essa expectativa. A bolsa brasileira, por sua vez, deve operar
em alta, com avanços em especial nos setores mais beneficiados por essa queda de juros, como
construtoras. O real deve se depreciar ligeiramente contra o dólar, acompanhando o movimento
internacional e com a expectativa de menor diferencial de juros.

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