Hoje na Economia – 08/08/2019

Hoje na Economia – 08/08/2019

Edição 2313

08/08/2019

Mercados operam em alta, nesta quinta-feira, mesmo com novos lances nas tensas relações comerciais entre os EUA e a China, após a desvalorização da moeda chinesa acima do esperado pelos analistas. O Banco do Povo da China (PBoC) – o banco central chinês – promoveu nova depreciação do yuan em relação ao dólar, ao fixar a moeda americana em 7,0039 yuans, nível acima da marca psicológica de 7 yuans e o mais fraco desde 2008..

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific ganhou 0,40% no pregão de hoje. Foi um dia de alta generalizada nas bolsas locais, estimulada por bons números da balança comercial chinesa, como também pela caça a pechinchas após as fortes quedas recentes. Em julho, as exportações chinesas subiram 3,3% em relação ao mês anterior, superando as estimativas do mercado de recuo de 2%. As importações continuam em queda, baixando 5,6% em julho na mesma base de comparação, dado melhor do que a queda de 9% projetada pelos analistas. A balança comercial apurou superávit de US$ 45,06 bilhões em julho (US$ 50,98 bilhões em junho). Em Xangai, o índice Composto da bolsa local fechou o dia com ganho de 0,93%. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,37%, enquanto em Seul, o Kospi interrompeu seis pregões seguidos no vermelho e ganhou 0,57%. Espera-se por algum alívio no front da disputa comercial entre Japão e Coreia do Sul à medida que o governo japonês não impôs novas restrições a exportações no seu plano de ação, anunciado hoje. Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou o dia com valorização de 0,48%.

Bolsas europeias influenciadas pelo bom humor que tomou conta dos mercados asiáticos operam majoritariamente em alta, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra ganho de 0,90%, enquanto em Londres, o FTSE100 sobe 0,22%. Em Paris, o CAC40 tem ganho de 1,22%, já o DAX avança 0,76% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1213, com ganho de 0,10%, no momento.

O juro pago pelo T-Bond de 10 anos, depois do recuo de ontem, voltou a subir com a melhora da percepção ao risco no dia de hoje. No momento, situa-se em 1,7275% (1,6802% ontem de manhã). O dólar devolve parte dos ganhos recentes, se enfraquecendo frente às principais moedas. O índice DXY registra queda de 0,08%, nesta manhã. Os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura positiva, acompanhando o ambiente menos tenso nas relações comerciais entre americanos e chineses. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,35%; o S&P 500 avança 0,40%; Nasdaq valoriza 0,63%.

Os contratos futuros de petróleo operam em altas significativas, nesta quinta-feira, estimulados por notícias de que a Opep e produtores independentes poderão adotar medidas adicionais de controle da produção para reverter a recente trajetória de queda nos preços da commodity. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para entrega em setembro é negociado a US$ 52,46/barril, com alta de 2,66%.

Aparentemente, a nova investida das autoridades chinesas na guerra comercial com os EUA – desvalorizando o yuan acima do esperado pelos mercados – foi absorvida pelos investidores, sem provocar novas turbulências nos mercados. A Bovespa deve operar em alta, acompanhando os avanços nos preços do petróleo, bem como a tendência positiva que emana das principais bolsas internacionais. Na agenda econômica, o IBGE divulga a inflação oficial de julho, medida pelo IPCA. Segundo a mediana das projeções do mercado, o índice deve mostrar alta de 0,24% no mês e 3,28% no acumulado em doze meses, devendo reforçar o quadro inflacionário benigno do momento.

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