Hoje na Economia – 12/08/2019

Edição 2315

12/08/2019

Mercados iniciam a semana com o pé esquerdo, com as turbulências em Hong Kong alimentando a aversão ao risco entre investidores, já preocupados com o desenrolar do conflito comercial entre EUA e China. Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que ainda não está pronto para fechar um acordo comercial com a China a alertou que discussões previstas para setembro poderão não acontecer.

Na Ásia, onde muitos mercados ficaram fechados por conta do feriado, bolsas oscilaram entre altos e baixos, com preocupações com a disputa comercial entre americanos e chineses, que pode levar a economia mundial a uma recessão, além dos preocupantes acontecimentos políticos em Hong Kong. Animou os investidores, por outro lado, a decisão do banco central chinês de desvalorizar o yuan menos do que se previa. O dólar foi fixado em 7,0211 yuans, ficando acima da marca psicológica de 7 yuans pela terceira sessão consecutiva. Em Xangai, o índice Composto fechou com alta de 1,45%. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi subiu 0,23% em Seul, mas o Hang Seng caiu 0,44% em Hong Kong e o Taiex recuou 0,21% em Taiwan. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 105,19 ienes recuando diante do valor de 105,66 ienes de sexta-feira à tarde.

Na Europa, após uma abertura em alta, bolsas operam em baixa, à medida que investidores continuam ressabiados com a recente escalada na disputa comercial entre EUA e China e com o possível colapso do governo italiano. Neste momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda discreta de 0,16%. Em Londres, o FTSE100 recua 0,33%; em Paris, o CAC40 perde 0,34%; em Frankfurt, o DAX tem perda marginal de 0,09%. O euro troca de mãos a US$ 1,1188 de US$ 1,1200 de sexta-feira à tarde.

No mercado americano, os principais índices futuros de ações da bolsa de Nova York operam no vermelho, neste momento. O futuro do Dow Jones recua 0,51%; do S&P 500 perde 0,49%; Nasdaq tem queda de 0,46%. A procura por porto seguro derruba o juro das Treasuries. O T-Bond de 10 anos tem yield de 1,6898%, nesta manhã, com queda de 3,24%. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar diante de uma cesta de moedas fortes, situa-se em 97,61 pontos, com alta de 0,12%, refletindo principalmente o avanço diante do euro e da moeda inglesa.

No mercado de commodities, os contratos futuros de petróleo mostram quedas acentuadas nesta manhã de segunda-feira. Predominam entre os investidores preocupações com questões macroeconômicas, incluindo as tensões comerciais sino-americanas, revisões para baixo do crescimento mundial e da demanda por petróleo. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em setembro, é negociado a US$ 53,76/barril, com queda de 1,36%.

Os mercados domésticos oscilarão entre as preocupações externas, com destaque para o conflito comercial entre americanos e chineses, e as boas notícias no front político interno, com avanço, sem percalços, da reforma da Previdência no Senado e pela expectativa em torno do anúncio de uma agenda positiva para a economia pelo ministro Paulo Guedes.