Hoje na Economia – 18/12/2019
Mercados financeiros abrem o dia com ligeira alta nos preços dos ativos, com otimismo contido em relação à economia no final do ano, sem notícias de grande impacto. Hoje a Câmara dos Representantes dos EUA deve votar o impeachment de Trump, provavelmente aceitando-o, mas isso deve ter pouco efeito sobre os mercados, dado que o impeachment deve ser barrado no Senado.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única. O índice MSCI Asia Pacific ficou estável, com queda de -0,55% no índice Nikkei225 do Japão e -0,18% na bolsa de Xangai, porém alta de 0,15% na bolsa de Hong Kong. O iene está basicamente estável contra o dólar, desvalorizando-se -0,01%, cotado a ¥/US$ 109,49, enquanto o yuan se valoriza 0,01%, cotado a 6,9965.
Na Europa, a maior parte das bolsas está em alta, atingindo novos recordes. Há avanço de 0,14% no índice pan-europeu STOXX600, com altas de 0,16% no FTSE100 de Londres e 0,10% no CAC40 de Paris, porém há queda de -0,22% no DAX de Frankfurt. Essa queda na bolsa da Alemanha ocorre mesmo com o dado de confiança IFO tendo melhorado, de 95,1 no mês anterior para 96,3 (contra expectativa de 95,5). O euro está se desvalorizando contra o dólar, -0,21%, cotado a US$/€ 1,1127, enquanto a libra segue em queda, -0,25%, tendo perdido toda a valorização que ocorreu após as eleições e estando cotada a US$/£ 1,3098. Como o primeiro ministro britânico afirmou que a saída do Reino Unido da União Europeia ocorrerá até o final de 2020, com ou sem acordo, a moeda reage ao aumento de possibilidade de saída sem acordo.
No mercado americano, o índice futuro do S&P500 sobe ligeiramente, 0,06%, alcançando nova máxima. Os juros futuros estão caindo, com a Treasury de 10 anos a 1,86% a.a., após ter alcançado 1,88% ontem. O dólar, por sua vez, está ganhando valor contra as principais moedas, com o índice DXY subindo 0,12%. Hoje um membro do FOMC deve fazer discurso (Evans, do Fed de Chicago).
Os preços das commodities globais caem. Há recuo de -0,27% no índice de commodities da Bloomberg. O preço do petróleo cai após dado de estoques, -0,71%, cotado a US$ 60,51/barril.
No Brasil, a inflação veio acima do esperado. O IPC-FIPE da 2ª semana ficou em 1,13% contra expectativa de 0,86% enquanto o IGP-M 2º decêndio ficou em 2,06% contra 1,83% de mediana de projeções. O presidente Bolsonaro deve dar uma entrevista à TV hoje. Há rumores de que o ministro da economia, Guedes, está contemplando aumentos de impostos (sobre maiores faixas do IR ou sobre riqueza, para atingir as camadas mais altas da população). A bolsa brasileira deve seguir em alta, com o bom ambiente internacional para ativos de risco. O real deve se valorizar diante do dólar, enquanto os juros futuros podem seguir pressionados, com a inflação elevada no curto prazo e ainda reagindo à ata do COPOM de ontem (e antecipando a possibilidade de um relatório trimestral de inflação hawkish amanhã).