Hoje na Economia – 31/01/2020

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, ontem, a epidemia provocada pelo coronavírus como situação de emergência global, mas se posicionou contra adoção de restrições a comércio e viagens, o que trouxe algum alívio para os mercados financeiros mundiais. Diante desse quadro e frente às incertezas sobre os impactos sobre a economia chinesa e mundial, investidores permanecem cautelosos, o que mantém os mercados sem direcional claro, operando entre margens estreitas.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, nesta sexta-feira. Dados chineses sobre atividade manufatureira vieram em linha com as expectativas não fizeram mercado. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific, após operar em alta nas primeiras horas do pregão, fechou o dia com queda de 0,20%. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,99%, impulsionado por papéis relacionados a bens de consumo. Em Taiwan, o índice Taiex apurou ganho de 0,64%, mas o Hang Seng recuou 0,52% em Hong Kong e o sul-coreano Kospi perdeu 1,35% em Seul. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 108,96 ienes, ficando próxima a cotação de 108,93 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, foi divulgado o PIB da zona do euro, que no 4º trimestre cresceu a taxa anualizada de 0,4%, vindo abaixo do esperado pelo mercado. Com esse resultado o PIB da região cresceu 1,2% em 2019, contra 1,9% em 2018. A inflação captada pelos preços ao consumidor subiu 1,4% na comparação anual de janeiro, enquanto o núcleo do índice subiu 1,1%, na mesma base de comparação. Após uma abertura em alta, as bolsas europeias operam majoritariamente em baixa, neste momento. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra perda de 0,13%, enquanto a bolsa de Londres cai 0,57%; Paris recua 0,19%; Frankfurt tem queda discreta de 0,06%. O euro é cotado a US$ 1,1026, com queda ante o valor de US$ 1,1035 de ontem à tarde. A libra esterlina atingiu hoje a máxima em uma semana ante o dólar, ampliando ganhos de ontem após o Banco da Inglaterra (BoE) manter seu juros básico em 0,75%. A libra é negociada a US$ 1,3119 contra 1,3095 no fim da tarde de ontem.

No mercado americano, os futuros de ações da bolsa de Nova York, que operaram no azul ao longo da madrugada, reverteram a tendência passando a registrar quedas. No momento, o futuro do Dow Jones recua 0,38%; do S&P 500 cai 0,43%; o Nasdaq perde 0,47%. O yield do T-Note de 10 anos recua 1,52% nesta manhã, situando-se em 1,5615% ao ano. O dólar mostra fracas flutuações diante das principais moedas, de acordo com o índice DXY que mostra variação de 0,03%, nesta manhã. Na agenda, serão divulgados dados sobre a renda e consumo pessoal referentes a dezembro, bem como a inflação medida pelo deflator do consumo pessoal (PCE), cujo núcleo deve mostra alta de 1,6% na comparação anual de dezembro.

Os futuros do petróleo operam em alta nesta sexta-feira, recuperando parte das perdas dos dias anteriores. O petróleo WTI para março é negociado a US$ 52,26/barril, com alta de 0,23%, no momento.

A Bovespa deve acompanhar os mercados acionários globais, iniciando os negócios em ligeira queda, enquanto os investidores aguardam por novas notícias sobre o coronavírus e os dados econômicos americanos. No câmbio, em dia de alta volatilidade por conta da formação da Ptax, Banco Central faz leilão de linha de até US$ 3 bilhões (10h20).