Hoje na Economia – 19/02/2020
Mercados acionários globais operam em alta, nesta manhã de quarta-feira, em um ambiente de maior apetite ao risco, motivado pela redução do número de novos casos de infecção por coronavírus na China, como também por sinais de que Pequim planeja adotar medidas para dar suporte à retomada da atividade econômica.
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta, diante das notícias de desaceleração do coronavírus na China, permitindo lenta retomada das operações nas fábricas locais. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific encerrou o dia com alta de 0,50%. Na terça-feira, dia 18, foram registrados 1.749 casos no país, menor soma desde 29 de janeiro. As autoridades chinesas prometeram oferecer mais assistência tecnológica, legal e financeira para ajudar as fábricas a retomar as operações em meio à epidemia. As bolsas chinesas fecharam o dia em baixa, num provável movimento de realização de lucros. O índice Xangai Composto teve perda de 0,32%, no pregão de hoje. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,89% em Tóquio, enquanto o Hang Seng avançou 0,46% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi teve alta marginal de 0,07% e o Taiex se valorizou 0,94% em Taiwan. No mercado de moedas, o dólar é cotado a 110,24 ienes, subindo diante do valor de 109,89 ienes de ontem à tarde.
As bolsas europeias acompanham a tendência dos mercados asiáticos, operando em alta, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, apresenta valorização de 0,61%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,74%; em Paris, o CAC40 avança 0,66%; em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,45%. No Reino Unido, a inflação ao consumidor subiu 1,8% em janeiro na comparação anual, contra 1,3% em dezembro, superando as expectativas. Após o dado, a libra esterlina subiu para US$ 1,3017 de US$ 1,3000 de ontem à tarde. O euro é negociado a US$ 1,0805, contra US$ 1,0796 do final da tarde de ontem.
No mercado americano, após as perdas de ontem, os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura positiva. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,22% no momento; o futuro do S&P 500 avança 0,25%; Nasdaq tem alta de 0,33%. O juro pago pelo T-Note de 10 anos encontra-se em 1,5525% ao ano, recuando 0,54%, nesta manhã. O índice DXY, que acompanha o valor da moeda americana diante de uma cesta de moedas fortes, encontra-se em 99,42 pontos, se mantendo no maior patamar desde março de 2017. Na agenda econômica, o Fed divulga a ata da reunião de política monetária (Fomc) ocorrida em janeiro. O documento deve reforçar a atual estratégia do Fed, de manter as taxas básicas de juros no atual patamar (1,50%/1,75%) ao longo deste ano, consideradas adequadas ao atual dinamismo da economia americana.
O mercado de commodities também é favorecido por esse dia de menor aversão ao risco, diante da possibilidade de que o pior da epidemia do coronavírus já ficou para trás. O índice Geral de Commodity Bloomberg registra alta de 0,25%, nesta manhã. O contrato futuro de petróleo tipo WTI, para abril, é negociado a US$ 52,46/barril, com valorização de 0,81%, no momento.
O ambiente mais favorável ao risco, alimentado por sinais de arrefecimento da epidemia do coronavírus, deve levar a uma abertura positiva para a Bovespa, acompanhando a tendência ditada pelos futuros de ações de Nova York. Diante de uma agenda fraca de indicadores econômicos para direcionar o mercado de juros, a curva de juros a termo ficará na dependência da evolução do dólar e das Treasuries para uma definição de tendência para hoje.