Hoje na Economia – 06/05/2020

Hoje na Economia – 06/05/2020

Mercados operam em alta moderada, sem direcional claro. Investidores monitoram os esforços dos EUA e de outros países do mundo para reabrir suas economias, após um longo período de bloqueio para conter a disseminação do coronavírus, deixando de lado as recentes rusgas entre americanos e chineses.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,40%, no pregão de hoje. Os mercados da China, que não operavam por três pregões devido a feriado local, reiniciaram os negócios no azul. O índice Composto de Xangai apurou valorização de 0,63%. O banco central chinês (PBoC) estabeleceu a taxa de paridade cambial desta quarta-feira em 7,0690 yuans por dólar, 0,17% mais fraca que a taxa de 7,0571 yuans por dólar de quinta-feira, último dia antes dos feriados. Em Hong Kong, o Hang Seng se valorizou 1,13%, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,76%, na volta do feriado. E, Taiwan, o Taiex fechou perto da estabilidade. No Japão, mercados permaneceram fechados devido a feriado local. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 106,29 ienes, com a moeda japonesa atingindo seu maior valor frete a moeda americana desde meados de março.

Na Europa, repercutem as revisões sobre o crescimento da zona do euro elaboradas pela União Europeia. Segundo aquele organismo, o PIB da zona do euro deve encolher 7,7% em 2020, por causa da pandemia de coronavírus. Reforçando essa estimativa, a Markit divulgou o índice de gerentes de compras (PMI) composto da região, que caiu de 29,7 em março para a mínima histórica de 13,6 em abril. Após a divulgação desses dados, o euro foi à mínima diante do dólar, sendo negociado a US$ 1,0791 de US$ 1,0849 no fim da tarde de ontem. No mercado de ações, o índice STOXX600 registra alta de 0,27%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,46%, já o CAC40 recua 0,25% em Paris. Em Frankfurt, o DAX avança discretos 0,04%.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, sugerindo que os mercados à vista poderão ter um terceiro pregão consecutivo de ganhos. No momento, o índice futuro do Dow Jones sobe 0,79%; S&P 500 tem alta de 0,78%; Nasdaq avança 0,85%. Os juros das Treasuries também sobem, em um dia de menor aversão ao risco. O rendimento pago pelo T-Note de 10 anos sobe 2,12%, situando-se em 0,676% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes, opera com alta de 0,46%, a 100,14 pontos, refletindo em grande parte a desvalorização do euro.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, após oscilarem sem direcional claro durante a sessão asiática. No momento, o petróleo tipo WTI para entrega em junho é negociado a US$ 25,40/barril, com valorização de 3,38%.

No Brasil, o destaque é a reunião do Copom, que segundo o consenso do mercado deverá reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual, para 3,25% ao ano. O colegiado encontra-se diante de um dilema: as projeções de inflação evoluem abaixo do centro da meta no horizonte relevante para a política monetária, sinalizando que há espaço para novo corte da Selic, enquanto as perspectivas para atividade econômica apontam para fortes quedas, o que amplia o espaço para o novo corte da Selic. Por outro lado, o aumento da turbulência política recente, colocando em risco o ajuste fiscal, pode exigir cautela, limitando a intensidade do corte da Selic.

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