Hoje na Economia – 07/05/2020
Mercados operam em alta, com o anúncio de que representantes dos governos americano e chinês irão se encontrar na próxima semana para discutir o comércio bilateral entre os países ajudando a diminuir as tensões entre os países. Era temido que houvesse um recrudescimento da guerra comercial.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única. O índice regional MSCI Asia Pacific caiu -0,4%. Houve recuyo de -0,23% na bolsa de Xangai e -0,76% no SENSEX da Índia. Por outro lado, o índice Nikkei225 do Japão subiu 0,28%, abrindo após um longo feriado. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,43%, cotado a ¥/US$ 106,58. O índice Caixin do PMI de serviços na China ficou em 44,4, abaixo do esperado (50,1), mas ainda acima do mês anterior (43,0). A balança comercial chinesa teve superávit de US$ 45 bi, acima do esperado (US$ 8 bi), devido à uma inesperada alta de exportações (3,5% A/A) e recuo mais forte que o esperado nas importações (-14,2% A/A contra mediana de projeções de -10,0% A/A).
Na Europa todas as bolsas operam em alta. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,78%, com avanços de 0,68% no FTSE100 de Londres, 0,87% no CAC40 de Paris e 0,92% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando ligeiramente contra o dólar, -0,07%, cotado a US$/€ 1,0787. A produção industrial alemã de março teve queda de -9,2% M/M, mais intensa que esperado (-7,4% M/M). O Banco da Inglaterra manteve a taxa de juros e o programa de compra de títulos estável.
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, após fecharem sem direção única ontem. No momento, o índice futuro do S&P500 sobe 1,47%. Os juros das Treasuries estão subindo ligeiramente, com o do título de 10 anos a 0,707% a.a. contra 0,704% a.a. ontem. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes, opera com alta de 0,12%. Hoje sairá o dado de pedidos semanais de seguro desemprego, que deve ter um novo recuo, de 3,8 milhões para 3,0 milhões.
Os preços de commodities estão em alta, com o índice da Bloomberg avançando 1,27%. Todos os principais preços sobem, com o destaque sendo o petróleo tipo WTI, que se valoriza 6,67% hoje, cotado a US$ 27,33/barril.
No Brasil, a reunião do Copom ontem surpreendeu o mercado, ao anunciar corte de 75 pb, com grandes chances de novo corte da mesma magnitude na próxima data. Hoje não deve sair nenhum dado de relevância no Brasil. Os preços de ativos brasileiros devem responder principalmente ao Copom, com juros futuros mais curtos caindo e a curva empinando. O real deve se desvalorizar diante do dólar e a bolsa brasileira deve subir, nesse caso ajudada também pela alta de commodities e das bolsas internacionais. A alta deve ser moderada pela situação política, com o discurso de ontem do líder do governo da Câmara, major Vitor Hugo, dizendo que as mudanças que ocorreram no pacote de ajuda aos Estados e munícipios, tornando mais frouxas as contrapartidas, foram determinação do presidente da república.