Hoje na Economia – 28/05/2020
Mercados financeiros seguem em modo de diminuição de aversão ao risco, se concentrando na retomada da economia em diversos países e aumento de ajuda fiscal e monetária, em especial a o pacote fiscal sendo negociado na Comissão Europeia (€ 750 bi), que poderia ser a origem de um Tesouro pan-europeu. Receios quanto a tensões entre China e EUA ainda existem, mas não parecem afetar a maioria dos mercados financeiros hoje.
Na Ásia, as bolsas fecharam em alta na maioria dos casos. O índice MSCI Asia Pacific avançou 0,8%, com altas de 2,32% no Nikkei225 do Japão e 0,33% na bolsa de Xangai. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de -0,72%, após o congresso chinês aprovar a lei que diminui a autonomia da cidade em diversas áreas. O governo americano afirmou ontem que pode deixar de considerar Hong Kong como parte autônoma da China, aplicando as mesmas tarifas que existem sobre a República Popular da China, caso a medida fosse aprovada. O iene está praticamente estável contra o dólar, se desvalorizando -0,01%, cotado a ¥/US$ 107,73.
Na Europa, as bolsas sobem nesta manhã. Há altas de 0,88% no índice pan-europeu STOXX600, 0,46% no FTSE 100 de Londres, 0,80% no CAC40 de Paris e 0,53% no DAX de Franfkurt. O euro está se valorizando 0,04% contra o dólar, cotado a US$/€ 1,1010. O índice de confiança econômica da Zona do Euro veio abaixo do esperado (67,5 contra 70,6), mas ainda assim maior que o do mês anterior (64,9).
Nos EUA os principais índices de ações sobem, com o futuro do S&P500 avançando 0,28%. O dólar está se desvalorizando levemente contra outras moedas, com o índice DXY recuando -0,12%. Os juros futuros operam com leve queda, com a Treasury de 10 anos recuando 0,01 pp, para 0,675% a.a. Hoje sairão diversos dados, com os destaques sendo os pedidos semanais de seguro desemprego, que devem recuar para 2,1 milhões, e as encomendas de bens duráveis, que devem recuar -19% M/M.
Os preços de commodities operam em queda moderada hoje, com o índice geral da Bloomberg recuando -0,07%. Há queda de -2,35% no preço do petróleo tipo WTI, negociado a US$ 32,0 o barril, devido a relatórios que dizem ainda haver excesso de oferta.
No mercado doméstico, ontem o presidente Bolsonaro sancionou a lei de ajuda aos Estados e municípios, com vetos pedidos pela equipe econômica para reajustes do funcionalismo público. As notícias sobre conflitos entre membros do STF e o Executivo nacional afetaram pouco o mercado ontem. Hoje sairão diversos dados econômicos, com os destaques sendo o IGP-M de maio (que deve ter variação de 0,14% M/M), a taxa de desemprego, que deve avançar para 13,3%, e o resultado fiscal do governo federal, que deve ter déficit recorde acima de R$ -100 bi. O veto presidencial deve ajudar os preços de ativos brasileiros a subirem hoje. O ambiente internacional também deve contribuir para a bolsa subir, o real se valorizar e os juros futuros caírem.