Hoje na Economia – 22/06/2020
Mercados iniciam a semana operando em alta, mas sem muita convicção. Prevalece certo otimismo alimentado pela percepção de recuperação da economia global, em meio a notícias que mostram que a pandemia de coronavírus atingiu recordes diários de novos casos, avançando com força na América do Norte e na do Sul.
Na Ásia, as principais bolsas locais fecharam em baixa. O índice MSCI Asia Pacific fechou próximo da estabilidade. Na China, o PBoC, banco central chinês, manteve inalteradas, pelo segundo mês consecutivo, as taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazo. A chamada LPR de um ano permaneceu em 3,85%; a LPR para empréstimos de cinco anos ficou em 4,65%. No mercado de ações, o índice Xangai Composto teve ligeira queda de 0,08%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng se desvalorizou 0,54%. No Japão, o Nikkei caiu 0,18% em Tóquio. O sul-coreano Kospi recuou 0,68% em Seul; em Taiwan, o Taiex teve alta moderada de 0,20%. O dólar é negociado a 106,94 ienes, contra 106,98 ienes do final de sexta-feira.
Na Europa, mercados chegaram a abrir no vermelho em meio a temores de uma segunda onda de coronavírus, mas reverteram a tendência, voltando a operar no azul, neste momento. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe alta discreta de 0,12%. Em Londres, o FTSE100 tem ligeira alta de 0,10%; o CAC40 sobe 0,29% em Paris. Em Frankfurt, o DAX exibe ganho de 0,39%. O euro se valoriza 0,39% diante da moeda americana, sendo cotado a US$ 1,1222, nesta manhã.
No EUA, em que pese os sinais de uma segunda onda de coronavírus em diversas regiões do país, os investidores permanecem firmes na recuperação da economia americana. Nesta manhã, as expectativas apontam para uma abertura em alta para as bolsas de Nova York, uma vez que os futuros dos principais índices de ações exibem valorizações expressivas, no momento: Dow Jones +1,14%; S&P 500 + 1,09%; Nasdaq +1,07%. Entre as Treasuries, o rendimento da T-Note de 2 anos subiu para 0,1897%, enquanto o juro pago pela T-Note de 10 anos avançava a 0,6987% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede a variação da moeda americana diante de uma cesta de moedas fortes, recua 0,32% nesta manhã, situando-se em 97,31 pontos, refletindo a apreciação do euro e da libra inglesa.
Os preços de commodities operam em alta no momento, com o índice geral da Bloomberg subindo 0,23%. No mercado de petróleo, os contratos futuros do petróleo tipo WTI, para agosto, tem alta moderada de 0,18%, sendo negociado a US$ 39,90/barril, no momento. Preocupações com a disseminação do coronavírus também pesam sobre esse mercado.
No Brasil, além da influência externa, os ativos devem sofrer a influência negativa do ambiente político doméstico. A Bovespa deve abrir em alta seguindo a tendência dos futuros americanos, nesta manhã, se beneficiando também dos estímulos provenientes dos baixos juros locais. O câmbio pode operar abaixo de R$ 5,30/US$, diante da fraqueza do dólar em termos globais nesta segunda-feira e na ausência de maiores ruídos no âmbito político. Nos DIs, os vencimentos mais curtos ficarão à espera da divulgação da ata do Copom amanhã e do Relatório de Inflação, na quinta-feira, para definição de tendência, enquanto os vértices longos continuarão tensionado pelo ambiente político interno e grave situação fiscal.