Hoje na Economia – 26/06/2020

Hoje na Economia – 26/06/2020

Mercados abrem os negócios, nesta sexta-feira, sem um direcional único. Preocupações com uma segunda onda de infecções pelo coronavírus em diversas partes do mundo, principalmente nos EUA, permanecem como restrições ao apetite ao risco do investidor.

Na Ásia, as bolsas da região fecharam majoritariamente em alta, seguindo o tom positivo dos mercados de Nova York no pregão de ontem, apesar dos temores de novos casos de coronavírus em alguns países. O índice regional MSCI Asia Pacific registrou ganho de 0,60%, no dia de hoje. No Japão, o índice Nikkei fechou com alta de 1,13% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,05% em Seul. Na China e em Taiwan, feriado manteve as bolsas fechadas pelo segundo dia consecutivo. Exceção na Ásia foi a bolsa de Hong Kong, que voltou de um feriado operando em baixa, fechando o dia com o Hang Seng contabilizando perda de 0,93%. No mercado de moeda, o iene se valoriza 0,25% ante o dólar, que é cotado a 106,92 ienes, no momento.

Na Europa, as bolsas abriram o pregão de hoje em alta, mantendo o tom positivo de ontem, em meio a notícias de recuo das infecções na Alemanha e motivados pela afirmação da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, de que “provavelmente já superamos a pior fase da crise do coronavírus”. No momento, o índice pan-europeu de ações STOXX600, opera com alta de 0,93%. Principais praças também registram ganhos expressivos nesta manhã: Londres +1,29%; Paris +1,24%; Frankfurt +0,74%. O euro apresenta discreta valorização diante do dólar (+0,04%), sendo negociado a US$ 1,1223.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma abertura em queda, após o país registrar um salto expressivo nos novos casos de infectados pelo coronavírus. No momento, o índice futuro do Dow Jones recua -0,54%; S&P 500 -0,28%; Nasdaq -0,10%. No mercado das Treasuries, a T-Note de 10 anos recua 2 pontos base, situando-se em 0,67% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, opera com queda de 0,16%, no momento, situando-se em 97,28 pontos. Serão divulgadas a renda pessoal e gastos pessoais referentes a maio, que devem mostrar variações de -6,0% m/m e +9,2% m/m, respectivamente, segundo as projeções do mercado. Será divulgada, também, a inflação medida pelo deflator dos gastos pessoais (PCE), que deverá subir 0,5% para o índice cheio e 0,9% para o Core PCE, ambos comparados com igual mês de 2019.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta nesta manhã, favorecidos por notícias de que a Rússia efetuou cortes nas exportações de petróleo da região dos Urais, reduzindo para o seu menor nível dos últimos dez anos. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para agosto, é negociado a US$ 39,21/barril, com alta de 1,29%.

No mercado interno, o ambiente político mostra-se mais tranquilo, o que deve favorecer a Bovespa, muito embora a queda dos futuros de ações de Nova York, nesta manhã, jogue contra. A taxa de câmbio, por sua vez, pode devolver parte da alta do ontem, refletindo a maior fraqueza do dólar em termos globais. Ontem, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação para 2023 em 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, permitindo que o índice oscile entre 1,75% e 4,75%. Esse fato deve ter algum impacto nos vértices mais longos da curva de juros futuros.

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