Hoje na Economia – 09/07/2020
Mercados financeiros operam em sua maioria em alta, após dados de inflação na China ficarem acima do esperado.
Na Ásia, houve altas em todos os mercados acionários, com o índice MSCI Asia Pacific subindo 0,6%. O avanço foi mais intenso a bolsa de Xangai (+1,39%), ajudada pela forte demanda de pessoas físicas, que fizeram o índice ter o oitavo dia seguido de valorização. Houve alta também de 0,40% no índice Nikkei225 do Japão, 0,31% no Hang Seng de Hong Kong e 0,42% no KOSPi da Coreia do Sul. Na China, houve alta tanto no dado de junho de inflação ao consumidor (2,5% A/A contra 2,4% A/A do mês anterior) quanto no de inflação ao produtor (-3,0% A/A contra -3,7% A/A anteriormente). A alta na inflação ao consumidor já era esperada, porém na inflação ao produtor foi mais forte do que a média projetada pelos economistas (-3,2% A/A). No Japão, o dado de encomendas de máquinas de maio veio melhor que o esperado (+1,7% M/M contra expectativa de -5,0% M/M). O iene está se desvalorizando -0,04% contra o dólar, cotado a ¥/US$ 107,30, enquanto o yuan fechou pela primeira vez abaixo de 7, a 6,9834, uma valorização de 0,31%.
As bolsas europeias estão em sua maioria em alta. O índice pan-europeu STOXX600 avança 0,37%, ajudado pelas altas de 0,25% do CAC40 de Paris e 1,32% do DAX de Frankfurt. Por outro lado, há queda de -0,52% no FTSE100 de Londres. O euro está praticamente estável diante do dólar, com leve depreciação de -0,01%, cotado a US$/€ 1,1329. A balança comercial alemã veio em linha com expectativas (7,1 bi), porém com menor crescimento tanto de exportações (9,0% M/M contra expectativa de 14,0% M/M) quanto de importações (3,5% M/M contra expectativa de 12,4% M/M).
No mercado americano, os índices futuros operam em pequenas quedas. Há recuo de -0,03% no S&P500 e -0,28% no Dow Jones. O dólar alterna ganhos e perdas contra outras moedas, pairando em torno da variação zero. O índice DXY agora está se valorizando 0,01%. Os juros futuros caem, com o yield da Treasury de 10 anos recuando 1 pb, para 0,65% a.a.. Hoje o dado mais importante será o de pedidos semanais de seguro desemprego, que deve mostrar recuo em relação à semana passada (1,375 milhão contra 1,427 milhão).
Os preços de commodities sobem de forma geral, impulsionados pela melhora nos mercados chineses, com o índice geral da Bloomberg avançando 0,57%. A exceção para isso é o preço do petróleo tipo WTI, que ainda recua -0,46% (cotado a US$ 40,73/barril) devido ao dado de aumento de estoques divulgado nos últimos dias.
No mercado doméstico, não há dados econômicos para serem divulgados hoje. Em termos políticos, aumentam as chances de derrubada de veto presidencial à desoneração de folha no Congresso. Os preços de ativos devem seguir a tendência ditada pelos mercados externos e pelos dados recentes de atividade, que indicam recuperação inicial rápida. Assim, os juros futuros devem precificar maior chance de manutenção de juros nas próximas reuniões (com alta nos vencimentos curtos), enquanto o real deve se valorizar diante do dólar, ajudado pela alta nos preços de commodities. A bolsa, por sua vez, pode ter mais um dia de alta.