Hoje na Economia – 20/07/2020
A volatilidade permanecerá permeando os negócios ao longo desta semana. Indicadores de atividade mostrando a retomada das economias, juros baixos e progressos nas pesquisas de vacina contra o covid19 serão elementos a alimentar o otimismo dos investidores. A melhora do humor, no entanto, deve ser limitada pelo avanço de novos casos da epidemia em vários países, principalmente nos EUA, adicionando dúvidas quanto à sustentação da retomada da economia neste 3º trimestre.
Na Europa, as principais bolsas de ações da região iniciaram os negócios operando no vermelho, em meio ao ceticismo que cerca o fechamento do acordo sobre o fundo de 750 bilhões de euros para ajudar os países afetados pela pandemia. Nesta manhã, notícias dão conta de que se chegou próximo a um acordo, num montante menor, em torno de 400 bilhões de euros. A moeda comum opera em alta frente ao dólar, sendo negociada a US$ 1,1460, com valorização de 0,30%, no momento. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com valorização de 0,30%. Em Paris, o CAC40 avança 0,23%; o DAX tem alta de 0,59% em Frankfurt. Em Londres, o FTSE100 tem queda moderada de 0,17%.
Na Ásia, as bolsas de ações fecharam sem direção única nesta segunda-feira, com investidores de olho nas negociações na União Europeia (UE) em torno do fundo de resgate, como também preocupados com a disseminação do coronavírus nos EUA. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com variação de +0,20%. A China foi o destaque de alta, nesta segunda-feira. Em Xangai, o índice Composto subiu 3,11%, impulsionado pelas ações de seguradoras, após mudança regulatória anunciada no final de semana permitindo o setor a aumentar sua exposição em renda variável. No Japão, o índice Nikkei teve alta marginal de 0,09% em Tóquio, enquanto o Hang Seng caiu 0,12% em Hong Kong. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,14% em Seul; em Taiwan, o Taiex registrou ligeira perda de 0,06%. No mercado de moeda, o dólar é cotado a 107,20, com a moeda japonesa perdendo 0,17%.
No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, neste momento, apontando para uma abertura negativa. Investidores aguardam por mais balanços de grandes empresas, ao mesmo tempo em que acompanham a segunda onda de covid-19. O índice futuro do Dow Jones tem queda discreta de 0,12%; S&P 500 recua 0,16%; Nasdaq tem queda marginal de 0,04%. No mercado de renda fixa, o juro pago pelo T-Note de 10 anos está em 0,615% ao ano, caindo 1 ponto base. O índice DXY do dólar opera com queda discreta de 0,09%, situando-se em 95,85 pontos, refletindo a valorização do euro e da moeda inglesa.
Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã. Mercado afetado pelos temores de que uma nova onda de disseminação do covid-19 reverta o atual movimento de recuperação da economia mundial. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 40,39/barril, com queda de 0,49%.
O avanço da epidemia do coronavírus nos EUA e no Brasil pode colocar os investidores na defensiva, levando a Bovespa a uma abertura em queda à semelhança do apontado pelos futuros das bolsas de Nova York. O câmbio deve se manter volátil de olho no ambiente externo e acompanhando o início das discussões em torno da reforma tributária no Congresso. Os DIs devem continuar oscilando em margens estreitas, de olho no exterior e no ambiente político doméstico.