Hoje na Economia – 30/07/2020

Hoje na Economia – 30/07/2020

Mercados financeiros abrem em baixa pela manhã, com medo de recrudescimento de casos de Covid-19 em diversos estados americanos (Texas, Flórida) e países (como Alemanha). Além disso, hoje sairão diversos balanços de empresas, com destaques para as maiores companhias de tecnologia nos EUA (Apple, Amazon, Alphabet e Facebook), o que pode frustrar as expectativas de diversos investidores que apostaram nelas nos últimos meses.

Na Ásia as bolsas fecharam majoritariamente em queda, com o índice MSCI Asia Pacific recuando -0,2%. Houve queda de -0,26% no índice Nikkei225 de Tóquio, -0,69% no Hang Seng de Hong Kong, -0,88% no SENSEX da Índia e -0,23% na bolsa de Xangai. Por outro lado, houve alta de +0,17% no KOSPI da Coréia do Sul. O iene está se desvalorizando -0,15% contra o dólar, cotado a ¥/US$ 105,08, mesmo com as vendas no varejo no Japão tendo surpreendido para cima em junho (13,1% M/M contra expectativa de 8,0% M/M).

Na Europa, as bolsas operam em forte queda, com resultados ruins de empresas como bancos. Há recuos de -1,28% no índice pan-europeu STOXX600, -1,54% no FTSE100 de Londres, -1,22% no CAC40 de Paris e -2,39% no DAX de Frankfurt. O PIB da Alemanha do 2º trimestre foi divulgado com queda recorde e mais intensa que a esperada (-10,1% T/T contra expectativa de -9,0% T/T). Na Zona do Euro, foi divulgado o indicador de confiança econômica, que ficou ligeiramente acima do esperado (82,3 contra mediana de projeções de 81,4). A taxa de desemprego, por outro lado, veio mais alta (7,8% contra 7,7% esperada). O euro está se depreciando diante do dólar, -0,42%, cotado a US$/€ 1,1745.

Nos EUA, ontem o FOMC manteve seu discurso dovish de fazer o que for necessário para a economia recuperar, com o presidente do Fed, Jerome Powell, dizendo que começa a ver alguns sinais de enfraquecimento da economia americana na margem (como aumento de pedidos de seguro desemprego), provavelmente devido ao recrudescimento nos casos de Covid-19. Os índices futuros das bolsas americanas operam em queda, com receio em relação aos balanços de empresas de tecnologia: queda de -0,84% no Dow Jones e -1,03% no S&P500. O dólar está ganhando valor contra outras moedas, com o índice DXY subindo 0,09%. Os juros futuros americanos recuam com queda de pouco mais de 1 pb no yield da Treasury de 10 anos, para 0,55% a.a., próxima da mínima de 09/mar (0,54%). Hoje será divulgado o PIB do 2º trimestre, que deve ter queda recorde (-34,5% T/T anualizado). É esperado também que os pedidos semanais de seguro desemprego subam de novo, de 1,416 milhão para 1,445 milhão.

No mercado de commodities, os preços de petróleo caem fortemente. Há recuo de -1,58% no preço do barril tipo WTI, cotado a US$ 40,62, influenciando os preços gerais de commodities, que caem -0,82%.

No mercado doméstico, hoje saiu o IGP-M de julho, que veio ligeiramente acima das expectativas (2,23% M/M contra 2,16% M/M). Deve sair mais tarde o resultado primário do governo central, que deve ter ficado deficitário em R$ -160,0 bi. O ambiente externo mais avesso ao risco deve afetar os ativos brasileiros, com queda no Ibovespa, depreciação do real diante do dólar e queda nos juros futuros curtos (mas possivelmente alta nos juros futuros longos).

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