Hoje na Economia – 21/08/2020
Mercados de ações operam em alta moderada, nesta manhã de sexta-feira. Não mostram muita convicção, minados pela desconfiança de que a recuperação da economia mundial perde força, após os fracos dados sobre mercado de trabalho nos EUA e sobre atividade na Europa, em meio à nova onda de expansão do coronavírus em várias partes do mundo.
Na Ásia, as bolsas da região fecharam majoritariamente em alta, seguindo o desempenho positivo das bolsas americanas no dia de ontem. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou o dia com ganho de 0,80%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,50%, após dois pregões consecutivos de queda. A moeda chinesa, yuan, negociada offshore, atingiu o maior patamar frente ao dólar dos últimos sete meses, uma vez que tanto as bolsas como a economia chinesa vêm mostrando uma recuperação mais firme do que as demais economias. No Japão, o índice Nikkei teve alta modesta de 0,17% em Tóquio, enquanto o Hang Seng subiu 1,30% em Hong Kong. Na Coreia do Sul, em que pese os novos surtos de coronavírus no país, o índice Kospi se valorizou 1,34% em Seul. Em Taiwan, o Taiex avançou 1,98%, nesta sexta-feira. No mercado de moeda, o iene se valoriza 0,17% no momento, com o dólar sendo negociado a 105,63 ienes.
A prévia do índice de gerentes de compras composto (PMI) da zona do euro caiu de 54,9 em julho para 51,6 em agosto, abaixo da previsão do mercado de 54,7. A atividade também se enfraqueceu nas duas maiores economias da região, minando as esperanças quanto uma recuperação em “V”. Após uma abertura mista, as bolsas de ações passaram a operar em alta. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra ganho de 0,35%, no momento. Em Paris e Frankfurt, o CAC40 e o DAX operam em alta de 0,25% e 0,36%, respectivamente. Em Londres, o FTSE100 tem queda de 0,27%, nesta manhã. Após a divulgação dos PMIs, mostrando o enfraquecimento da economia da região, o euro ampliou as perdas, sendo negociado a US$ 1,1818, com queda de 0,35%.
Nos Estados Unidos, os índices futuros das bolsas de Nova York operam perto da estabilidade, no momento. O índice futuro do Dow Jones registra discreta alta de 0,03%; S&P recua 0,04%; Nasdaq sobe 0,05%. O juro do T-Bond de 10 anos recua um ponto base, situando-se em 0,64% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede a variação da moeda americana diante de um cesta de seis moedas fortes, opera em alta, se favorecendo do enfraquecimento do euro, nesta manhã. O índice sobe 0,22%, mantendo-se no patamar de 93,0 pontos.
Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã de sexta-feira, diante das incertezas sobre a velocidade de recuperação da economia mundial após dados econômicos dúbios divulgados nos EUA e na Europa. No momento, o petróleo tipo WTI é negociado a US$ 42,58/barril, com queda de 0,58%.
Os mercados domésticos devem abrir a sessão de hoje mais aliviados, repercutindo a manutenção do veto ao reajuste dos servidores na Câmara por 316 votos a 165. Com uma agenda econômica esvaziada, a Bovespa deve acompanhar as bolsas internacionais, refletindo também os sinais de enfraquecimento da retomada da economia mundial, captado pelos últimos indicadores divulgados nos EUA e Europa. O dólar pode abrir em queda diante do real, se refazendo do estresse com o veto ao reajuste dos servidores. A curva de juros futuros deve se manter estável. Com baixas oscilações.