Hoje na Economia – 09/09/2020

Hoje na Economia – 09/09/2020

Principais bolsas de ações internacionais operam em alta, nesta manhã de quarta-feira, se recuperando das perdas recentes. Investidores avaliam os tropeços em se obter uma vacina contra o coronavírus tentada pela AstraZeneca em meio ao avanço da pandemia em várias países, ponderando se as quedas recentes refletem uma realização saudável ou se são sinais de um tombo mais profundo e duradouro.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa, com perdas significativas no setor de tecnologia, em linha com o novo recuo das ações em Wall Street conduzido pela Nasdaq. O índice regional MSCI Asia Pacific encerrou o dia com queda de 1%. Na China, o índice Xangai Composto caiu 1,86%, fechando a sessão no menor nível desde o fim de julho. Dados oficiais divulgados nesta madrugada mostraram que a deflação dos preços ao produtor chinês diminuiu de 2,4% em julho para 2% em agosto, enquanto a taxa de inflação ao consumidor desacelerou de 2,7% para 2,4% no mesmo período, vindo pouco abaixo do consenso (2,5%). No Japão, o índice Nikkei caiu 1,04% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,09% em Seul; o Hang Seng cedeu 0,63% em Hong Kong, enquanto o Taiex registrou queda de 0,43% em Taiwan. O dólar é negociado a 106,00 ienes, pouco acima de 105,98 ienes de ontem à tarde.

Sinais de que o dia de hoje será de recuperação diante das baixas recentes impulsionaram as bolsas na Europa, revertendo à queda observada na abertura dos negócios. O índice intercontinental de ações STOXX600 sobe 0,64%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,78%; o CAC40 se valoriza 0,47% em Paris; em Frankfurt, o DAX sobe 0,78%. O euro é negociado a US$ 1,1770 com ligeira queda em relação às cotações de ontem, enquanto se espera pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que ocorre amanhã.

Nos Estados Unidos, os principais índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, sugerindo que os mercados à vista americanos poderão ensaiar uma recuperação nesta quarta-feira, após acumularem fortes perdas por três pregões consecutivos, num movimento de correção liderado pelo setor de tecnologia. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,44%; S&P 500 avança 0,63%; Nasdaq se valoriza 1,68%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua um ponto base para 0,67% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a seis divisas relevantes, opera com leva alta (+0,08%), em meio à fraqueza da libra e do euro.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para entrega em outubro registra alta de 1,90%, sendo negociado a US$ 37,46/barril, no momento. Sinais de recuperação das bolsas de ações americanas, nesta manhã, reverteram o pessimismo causado pelo avanço da covid-19 em alguns países, o que prejudicaria a demanda pela commodity.

No mercado doméstico, a agenda traz a divulgação do IPCA fechado de agosto, que deverá mostrar inflação 0,25% segundo a mediana das projeções dos analistas do mercado. O desempenho do índice em agosto refletirá, principalmente, o arrefecimento dos preços administrados (energia elétrica, gasolina). Alimentação e preços industriais seguem em alta, mas contrabalançada pelo recuo dos preços dos serviços, em virtude da queda das mensalidades escolares. A Bovespa deve operar no azul na abertura, acompanhando os futuros de ações de Nova York, enquanto os juros futuros poderão devolver parte da alta de ontem. A taxa de câmbio deve continuar oscilando entre margens estreitas, nas proximidades de R$ 5,36/US$.

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